terça-feira, 31 de agosto de 2010

Mais uma historia sobre magia...pt. 3

Estávamos lá, Eu, Eliza, Renato e Gabriel. Esperávamos a ultima do nosso grupo chegar. Todos devidamente "armados" para uma caçada magica. Alguém havia sugerido uma investida diferente, poderíamos encontra-los e observa-los, antes de enfrenta-los. Todos concordaram, normalmente as opiniões racionais eram as mais certas. Todos estavam com medo. Nunca havíamos enfrentado um inimigo tão forte e incomum. Magos pelo amor de Deus. Magos como nós, fortes como nós. Nós sabemos que existiam outros, na nossa cidade existem, mas ninguém que poderia ter uma ressonância tão forte como a nossa.
O medo cobria nosso peito, a ansiedade fazia nossas mão transpirarem e Juliana parecia não chegar nunca.
A casa era protegida magicamente, sendo assim apenas nós poderíamos entrar nela. De dentro dessa proteção magica ninguém conseguia sentir as vibrações externas, então saímos, para tentar sentir o porque Juliana demorava tanto.
Saímos da casa, a ladeira íngreme que dava para a casa estava vazia. Normalmente está, e não escutávamos os pensamentos da Ju em lugar algum. Nossa preocupação ia aumentando cada segundo, será que ela havia sido capturada?
O silencio se fez por alguns minutos. A respiração de cada um foi ficado mais forte conforme nossas suspeitas se tornavam realidade. Se ela estivesse a caminho nós conseguiríamos senti-la ou ao menos contacta-la. gritávamos em nossas mentes para que ela escutasse, mas nenhuma resposta vinha.
- Eles a pegaram. - Disse Gabriel. - Eu vou quebrar os ossos deles um a um se fizerem algum mal a ela.
- Todos nós vamos, mas agora é hora de pensar não de se irritar. - falei.
- Quem poderia ter feito isso, assim, com essa facilidade, sem que ela pedisse por socorro?- Completou Renato falando o que todos nós estávamos pensando.
Eliza permanecia quieta, como se algo estivesse a incomodando. Eu achava que devia ser o fato de Ju estar sumida, uma vez que presamos muito um pelos outros e que elas eram muito próximas.
Uma risada veio no ar e o cheiro de peixe tomou a rua. Uma vibração elétrica cortou a realidade no fim da rua, a uns dois metros do chão, do portal nublado que se abriu caiu alguém. E a risada feminina irritante se intensificou.
- Ju! - Eliza gritou enquanto nós descemos a rua em sua direção.
Apenas Renato permaneceu imóvel, procurando fixamente quem havia deixado ela lá.
Descemos a rua em disparada e a risada continuava no ar, como se alguém tivesse se divertindo muito ao ver nossa preocupação. Renato logo achou o que procurava.
- É uma armadilha!
Eu e Gabriel assim que ouvimos paramos de correr. Gabriel juntou suas mãe e sussurrou um encantamento que de tanto ele usar até eu sabia de côr. Enquanto ele recitava seus olhos mudaram de cor para um vermelho alaranjado, agora ele podia ver quase tudo que se esconde atrás desse plano e sua cara de preucopado já fez eu entender tudo.
- Amor CUIDADO! - Gritei para Eliza mas já era tarde de mais.
Eliza estava a poucos metros da Ju quando tropeçou no nada e caiu atravessando o chão.
- Maldita.
Gabriel e Renato se olharam, eles sabiam que eu não iria aguentar ver Eliza se machucar. Em um instante a risada havia parado. Ju ainda estava na nossa frente caída, mas não havia mais sinal da Eliza.
- AMOOOORRRRR!!!! MERDAAA, RENATO GABRIEL ACHEM ELA AGORA! - Gritei dando uma ordem direta, não que eles sejam meus subordinados ou que aceitem numa boa receber ordens de mim, mas naquela hora, naquela situação, não havia por que discutir.
Renato logo entrou no mundo de baixo á procura dela. Gabriel ativou todos os sentidos mágicos que pode.
- Nada. - Disse Renato saindo do chão. - Gabriel, alguma coisa?
-Sim, um rastro magico, mas nada muito intenso. Ele se bifurca de mais, se formos atrás dela nos separaremos, acho que é isso que eles querem.
- Eu to bem! - Escutamos todos em nossas mentes. - Eu vou MATA-LA, mas estou bem. Eu ainda to na cidade, mas quero mata-la sozinha.
- Amor não é hora de ficar irritada, fala aonde você está.
- NÃO ME FALA PARA NÃO FICAR IRRITADA! ODEIO QUANDO VOCÊ FAZ ISSO! Eu to bem! Volto com a cabeça dela jaja. Você tem que ficar ai para cuidar da Ju. Cuida bem dela amor. Cabio desligo.
- Amor! Deixa de ser escrota! AMOR?
- Ela ta bem velho. - Falo Gabriel botando a mão no meu ombro.
- E ela tem razão. Só você sabe curar. - Falo Renato saindo da terra.
- Vamos levar ela lá para dentro. - Gabriel termino.
Engoli a seco e respondi: " Ok"
Entramos no caern. Peguei um dos crucifixos que está sempre no meu bolso. Por conhecidencia foi exatamente o que ela me deu. Botei ele logo a cima de sua testa, quase encostando e comecei a recitar meu encantamento. Os outros molharam as mãos e passaram pelas extremidades de seu corpo, ajuda na circulação da minha energia. Pouco a pouco ela foi ficando bem. Seu ferimentos pareciam físicos, como chutes e socos. Sua camisa branca e sua saia preta estavam bem sujas um pouco rasgadas. Essas eu não pude curar, mas seus ferimentos aos poucos foram sumindo, conforme eu passava o crucifixo por toda a estenção de seu corpo.
Sua respiração se intensificou e ela aos poucos abriu os olhos.
- Oi Ju. - Falei com um leve sorriso no rosto.
- Droga, eu perdi . Cadê ela? - Falou botando a mão no rosto
- Lutando com Eliza.
- E por que vocês tão aqui? - Disse aumentando o tom de voz e tentando levantar. - Esquece eu a Eliza ta lutando cara.
- Você tem que descansar e Eliza pediu para a gente não intervir.
- A gente nem sabe aonde ela tá. - Renato completou.
- Então vocês só vão ficar aqui esperando?!
- É. Não fale como se eu não me importasse. - Falei olhando em seus olhos. Ela intendeu.
- Desculpa. Mas ela é bem forte.
- O que ela faz? - Perguntou Renato.
- Ela é rápida e forte. Bem forte.
Antes que ela fosse mostrar suas memoria escutamos em nossas mentes uma única palavra. "Merda". Num instante o cheiro de peixe e a risada voltaram, estava vindo de fora do caern, como estávamos dentro não conseguíamos sentir a ressonância, mas sabíamos que estava lá.
Corremos para fora. Um portal assim como o outro se abriu jogando a Eliza para fora dele.
O fogo de Eliza cobria seu corpo e ela gritava de odio.
- NÃO VAI ME MATAR! ME ATINJA SUA MEDROSA! VOCÊ NÃO VAI ME ESNOBAR DESSE JEITO!
A risada continuava alta e estérica, só parou para falar as seguintes palavras que devem ter doído na Eliza, mais do que doeria em qualquer um de nós. " Você não vale apenas, não vou nem sujar minhas mãos com uma pati que acha que sabe brigar."
Cara... Você não fala isso para Eliza. Num estante seu fogo tomou os arredores. Se eu não tivesse feito a barreira na hora exata, até nós teríamos nos feridos. Mas não fez diferença, era apenas uma voz no ar. Eliza continuava a atacar bolas e rachadas de fogo no ar tentado achar sua oponente, enquanto xingava ela com todo o seu ódio. Mas ela já havia partido.
- AMOR! Calma!
Ela não ouvia. Seus olhos estavam cobertos de ódio e ela continuava a atacar e cuspir fogo pela boca.
- Liz ELA FOI! - Ju gritou e ainda sim nada.
Apenas quando sua magia se gastou e seu corpo se cansou que ela começou a parar.
- MALDITA PUTINHA DE MERDA!
- Amor, calma. A gente pega ela.
- Isso não teve objetivo, por que ela não nos atingiu? Por que não nos atacou? Quem é ela?- Reclamava Ju.
Gabriel permaneceu pensativo enquanto Renato não se segurou e soltou uma leve risada.
Os olhos da Eliza arderam e enquanto olharam para Renato.
- ACHOU ENGRAÇADO? - Falou tentando tacar fogo nele, mas não tinha energia.
Renato olhou para ela com uma cara de criança que faz merda e falou baixinho e prendendo o riso: " desculpa...rs.."
- Calma amor, vamos entra. A gente precisa intender o que aconteceu.
- Eu não vou mostrar nada pra vocês!
- Ta... só conta. - falei
- Deixa de ser infantil Eliza, a gente precisa ver. - Falou Gabriel
- Nem começa. Não to com cabeça para te ouvir não! - falou ela apontando para Gabriel como uma ameaça.
Ele ficou quieto, não era tempo para brigar. Entramos no Caern, havia muito a ser visto.


" Gente esse texto faz a ponte do primeiro com o segundo, caso vocês não tenham entendido. E to atrasado para sair com o cachorro da amanda. Não deu para corrigir. corrijo jaja."

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Sussurros Acorrentados pt.5


Sempre adorei o sol, principalmente quando eu era criança. Depois, conforme a adolescencia foi chegando não pude mais aprecia-lo tão bem, não que eu gostasse menos dele, é que bebendo até 6 da manha era difícil acordar para aproveitar o dia e na ressaca o sol forte da tarde dava a sensação de que eu estava morrendo no deserto.
Não consegui dormir. Por isso estou aproveitando a manha na praia. O sol fraco da manha toca meu rosto me como um carinho. O leve calor que ele traz da uma sensação de aconchego e o vento da praia equilibra tudo perfeitamente.
Sempre tive presa no peito uma sensação de solidão que por melhor que eu descrevesse, ninguém mais conseguia entender. Essa praia me lembra momentos em que eu quase supri essa sensação. Era aqui que eu conversava com minha namorada no começo de tudo. Era aqui também que eu passava horas com uma de minhas melhores amigas. Era aqui que eu bebia a noite com meus amigos.
- Por que agora eu me sinto tão sozinho?
- Ninguém foi a lugar nenhum e ainda sim eu sinto como se todos tivessem ido embora. O que eu tenho que fazer para suprir essa sensação de uma vez por todas?
O vento soprou forte, como se quisesse me levar. As vezes eu queria que ele me levasse. Ao longe uma nuvem se aproximava, grande e cinza iria tornar minha tarde fria e chuvosa.
- Droga! Quando será que eles vão voltar e me perdoar pelo que me tornei? Quando ela vai voltar e me perdoar por ter sido fraco?
Preciso ir para casa. Por alguma razão senti que apenas aquelas aparições poderiam me distrair da saudade e da solidão que me rodeava.
Sai da praia e entrei na minha rua. O vento me seguiu forte, me empurrando, me fazendo ir cada vez mais depressa.
Cheguei em casa logo e de alguma forma já sabia o que fazer para vê-los. Primeiro tomei um banho. Também sempre gostei de tomar banho a tarde, sair do banho gelado e ver o dia claro me deixava limpo por fora e por dentro. Corri até a janela, conseguia ver a chuva que estava por vir e sentir o vento entrando e castigando o interior da minha casa, mudando as coisas de lugar. A chuva estava quase chegando. É inverno, mas a chuva que está vindo parece tempestade de verão. Antes da chuva cair lembrei por um instante que inverno é época de morango. Não me apeguei a esse pensamento pôs logo a chuva caiu. Começou fraca mas em segundos se tornou uma tempestade como eu previ.
Meu pai costumava ficar nessa janela pensando, ele fazia exatamente isso. Ficava aqui vendo a chuva cair ou somente olhando a noite, ascendia um cigarro e sem falar nada passava horas aqui. De alguma forma resolvia os problemas dele. Talvez resolvesse os meus. Eu não fumo e fumar não foi necessário. Assim que o temporal começou pude sentir uma presença vindo.
A meu lado um menino apareceu, seu rosto refletia a ingenuidade uma criança ele tinha um brilho familiar no olhar. Ele estava sentado no encosto do sofá extamente aonde eu ficava quando assistia meu pai olhar o céu. Ele olhou para mim e falou.
- Eu adoro quando o dia está bonito assim.
Ele também usava grilhões e correntes, mas dessa vez a corrente não ia para nenhum canto escuro, por isso pensei em segui-las com os olhos para ver aonde elas iriam dar.
Enquanto isso respondi ao menino:
- Quando chove assim, eu me sinto em paz. Com você acontece o mesmo?
As correntes desciam de seu pulso e iam em direção ao chão. Enquanto seguia senti uma outra presença que me distraiu.
-Não, nada me deixa em paz. - Essa frase veio de traz de mim, quando olhei vi ao longe o garoto que fica atrás de grades sorrindo como se sentisse prazer em me ver com medo.
O outro garoto olho para traz assim como eu.
- Por que você é o único que fica atrás de grades? - perguntei tentando olhar em seus olhos para não demonstrar medo.
- Por que sou o mais temido. O resto de nós são só um bando de frouxos.
O outro garoto não me pareceu ofendido.
- Pare de bobagens, ele está aqui para vê-la. Todos nós sabemos disso. - disse o garoto da grade.
- Ver quem? - perguntei
- A menina de branco. Nós achamos que ao ficar perto dela você se sentiu tão bem que talvez tenha ficado viciado. Nós nos viciamos. - disse o menino da janela olhando meio para baixo.
- É! Ela é ótima - disse o menino da grade, lambendo seus beiços e seus dentes cerrilhandos.
- Sim ela me fez me sentir muito bem. Mas não é ela que eu quero. Eu só quero respostas. Como, por que vocês aparecem? Quem são vocês?
- Então pergunte! Mas não podemos responder todas as perguntas, apenas as que você estiver próximo de descobrir a resposta.- falou o menino da janela, ansioso como uma criança.
- Porque vocês estão presos?
- Porque não nos querem soltos. - disse o menino da janela
- Nem mesmo você? - perguntei para ele de volta.
- Nem mesmo eu.
- Acho que ele está começando a sacar. Vamos lá. Faça as perguntas certas! Tire-nos daqui! - Falou o garoto da grade.
- Quem não quer vocês soltos?
- Só quem consegue nos ver? - Perguntou o menino da janela
- Eu?
- Você! - Gritou o menino da grade
As correntes começaram a se mexer, como se alguém do outro lado delas estivesse as mexendo.
- Vamos garoto! - Gritou o menino da grade.
- Quem ou o que prende vocês?!
- Essa é a pergunta certa. Pensaremos juntos, quem não nos quer solto mesmo? - Falou o jovem da primeira aparição enquanto saia da parede com um andar elegante.
- Eu.
- Então quem nos prende? - Falou baixo o menino da janela.
- Eu?
- Exato!
- Mas, o que são vocês?
O silencio se fez no cómodo.
-Esse você deve responder sozinho.
Quem são eles....pensa...pensa...quando eles aparecem, o que eles fazem...sobre que situação e o que eles falam para mim...
- Não é muito difícil não é mesmo...- Disso o garoto da grade com um sorriso escroto no rosto.
- Vocês são parte de mim.
Todos concordaram com a cabeça.
- Mas por que eu quero parte de mim presa?
A chuva parou diminuiu e um vento soprou forte, num estante eu estava sozinho de novo na sala. e foi assim que acabou a minha tarde. Sozinho na sala, vendo a chuva cair, ainda sentindo falta de algo. Ainda sem saber do que.





" Nanda! Ta ai o quinto sussurro a seu pedido. Brigadããão pelo desenho vai estar comigo sempre. Espero que você goste do texto e entenda a mudança que fiz nele. Beijão."

Sussurros Acorrentados - Texto Lucas Legey e Desenho Nanda Toro.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Mais uma historia sobre magia... pt.2

Ela corria, irritada. Muito irritada. Suas mãos produziam um fogo lilas de aparência memorável. Seu rosto refletia o ódio que sentia e seu cérebro produzia um xingamento diferente a cada vez que arremessava uma bola de fogo.
- Vadia! - Gritava Eliza arremessando uma bola de fogo em direção a sua rival.
Assim que a bola de fogo ia acertar suas costas ela rapidamente se abaixa deixando o fogo passar por cima e explodir uma lixeira próxima.
- Erroo! - Disse a menina sorrindo e dando uma estrela para o lado e para a frente, depois voltou a correr.
- Volta aqui e me encara como uma MULHER! Criancinha infernal! - Falava Eliza e atacava sempre a errar e sempre a persegui-la.
Seu fogo enfraquecia e sua raiva se tornava pouco a pouco cansaço. O calor de suas veias foi se tornando necessidade de descanso enquanto ela persistia no ataque.
- Nunca vai me pegar sua pati mal arrumada! - falou a menina ao notar seu cansaço. - Quer uma aula de magia elemental, por que sua mira não está nada, nada boa. E esse foguinho de pati não vai nem doer se me acertar!
- PATI?! - Seus olhos ficaram lilases e seu corpo coberto do mesmo fogo. - Você ME CHAMO DE PATI? DUAS VEZES?
O ambiente ao redor de Eliza tremulava com o calor. Sua raiva reforçou a magia de seu corpo e agora estava a emanando por cada poro.
A menina loira ( PERAEEEEEEE!!!!! MENINA LOIRA É A MÃE! MEU NOME É ANA!....Ta bom, agora procederei a historia, um pouco mais assustado depois disso.) .
O ambiente em volta de Ana também se tornava mais quente, quente de mais.
Num flash Eliza abriu os braços e tudo em volta delas se consumiu em uma explosão.
O fogo consumia tudo de inflamável da rua, as paredes estavam chamuscadas e se tivesse alguém perto dessa região abandonada da cidade certamente Eliza teria problemas com o Caern. Ela caiu de joelhos, havia queimado toda sua magia com um ultimo golpe.
- Agora aquela putinha deve ter aprendido uma lição. - pensava tentando se levantar.
Olhou para frente esperando ver alguma movimentação. Yes! pensou, ganhei, nunca mais vou ter que ouvir a voz dela.
O som de raios e um cheiro putrito de peixe tomou o local. Será mesmo? Ela pensou. Mau havia conhecido a menina e já reconhecia a ressonância dela o suficiente para ter certeza. Sim, ela estava viva. E fazendo um encantamento. Seus olhos se arregalaram e numa descarga de adrenalina ela olhou para traz. Ali estava ela, flutuando no ar de ponta a cabeça. Extamente no ponto cego de Eliza, levemente chamuscada, com seu cetro apontado bem para ela.
- Boa tentativa iniciante.
Não havia tempo nem magia para uma reação. Uma lágrima escorreu pelo o rosto de Eliza enquanto seu ultimo pensamento antes do feitiço foi. Merda!.
A ressonancia eletrica e o horrivel cheiro de peixe tomou o lugar.

domingo, 8 de agosto de 2010

Luiza...

" Não me lembro da ultima vez que escrevi um texto que não falasse sobre mim. Esse texto será pouco sobre mim, e pela primeira vez o personagem principal é 99% fictivcio e 1% outras pessoas. Espero que aproveitem."

Já matei antes, mas dessa vez ele estava olhando para mim. Não sei se deveria te-lo matado, nem conhecia ele, mas ele mereceu. Não! Você ta fazendo de novo, está tentando me justificar. Não é verdade! Ele não mereceu! Mas mesmo assim, eu o matei. E ele só tinha 20 anos.
Limpei a arma, não havia muito tempo. Joguei a arma no chão e sai.
Maldito emprego! Não aguento mais! Quando chegar no quartel vou me demitir. Já chega!
Sai da sala escura que estava. Como ela se encontrava perto da saida dos fundos da festa aproveitei para sair dela. Não iria demorar para que achassem o corpo. Entrei no meu carro e sai acelerando o maximo possivel.
As cinco da manha não costuma ter muita policia, por isso dirijo o mais rapido possivel, sem medo de ser parada. Sou sem duvida a unica mulher nessa cidade quem consegue botar 120Km/h num 1.0 em ruas pequenas e se nenhuma outra mulher consegue nenhum homem à de conseguir.
Vou quase em linha reta para o Q.G. não tenho tempo para despistar ninguém e nessa velocidade não deve ter ninguem para dispistar.
O olhar dele ainda não saiu da minha cabeça. O que tinha naquele olhar que me faz estar tão culpada? O que tem de errado comigo que depois de 5 anos de trabalho eu comecei a ter remorcio?
Freio quando chego a um hangar abandonado, as batidas certas na porta e ela se abre.
Hugo abre a porta, nunca entendo porque sempre ele que vem abrir a porta.
Entro com meu Gol cinza no hangar.
Hugo sorri ao me ver. Ele sempre sorri ao me ver.
- Mais uma missão concluida com louvor? - ele pergunta abrindo a porta do meu carro, como um cavalheiro. Ele é um fofo.
- Claro - falo tentando não demostrar meu remorcio.
- O que houve? - como sempre ele me lê, sempre me lêu muito bem.
- Nada! Só cansada. - falo jogando o chave do gol na mão dele.
- E como o nosso garoto andou?
- Otimo, a injeção de ar serviu como uma luva.
- Não te disse Lu, sei o que é bom pro nosso bebe. - falou batendo no capo.
- É.
- Ei. - falou mudando a intonação de voz e falando bem mais baixo do que constuma. - Se quizer conversar, sabe que pode me chamar né.
- Sei, brigada. - falo fingindo um sorriso e vou para o meu quarto.
Assim que subo as escadas vejo a Bel no corredor, deve ter me escutado chegar. Ela estava de camisola, devo ter acordado ela. Nossa ela estava linda de camisola. Não achei que poderia achar alguem do mesmo sexo que eu tão linda, mas isso deve ser normal.
- Oi, como foi? - falou ela na sua voz calma, quase sussurrante.
- Bem, como você foi?
- Normal, nada de mais, não precisei matar ninguem nem nada.
Ela falou em quanto apoiava um ombro na parede, deixando a silueta da sua cintura cada vez mais bonita, a camisola deslisava pelas suas linhas e caia leve em suas coxas. Seus braços se abraçavam para se proteger do frio de uma forma sexy que só ela conseguia. Logo me toquei que não respondi ao que ela falo e que estava devaneando.
- Oi? - falei com vergonha por não me lembrar o que ela tinha falado. - Perguntou alguma coisa?
- Não, só estava falando que deve ser dificil matar alguem quase todo mês. Não sei como você consegue.
- A! Com o tempo se acostuma. - Falei indo para o meu quarto.
- Tá tudo bem? Você nem me comprimentou...
- Está sim. - falei voltando e dando um abraço nela. - Só preciso dormir.
Ela sorrio me deu um beijo na bochexa me desejando boa noite baixo no ouvido.
Não queria estender a conversa. Não com os pensamentos que estavam na minha cabeça. Não quero parecer mal para ela. Ela me adimira e quero que continue assim.
No meu quarto, já de pijama e já na cama comecei a me lembrar do garoto que matei. Droga, eu não me lembrava de como tinha chegado no quarto escuro. Só me lembro de saber que ele era meu alvo, no momento e que o vi.
Se mal me lembro de hoje, porque esse muleque me atormenta tanto?
Aos poucos o sono vem, amanha será um dia melhor.



" Gente to com muito sono para corrigir. Amanha eu corrijo."

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Anjos

"Esse texto mais uma prova concreta que seu humilde escritor é maluco. Não terá parte um ou dois. é só ele. Uma pequena confissão para meus leitores que vai explicar minha imagem no perfil"

Quando eu era criança achava que eu era um anjo.
Chorava no banho, de braços abertos, com a água caindo no meu rosto. Eu chorava e me perguntava o porque o mundo não podia ser bom, por que o mundo não podia ser tão bom quanto eu.
Eu chorava e rezava como se Deus viesse de dentro do meu peito para que o mundo fosse um lugar melhor, para que as pessoas ficassem felizes, tão felizes quanto eu.
Eu ainda faço isso, mas agora eu choro e rezo pedindo força, me perguntando porque é tão difícil ser bom, porque é tão difícil tomar as decisões certas, por que a gente vive com o mau na cabeça e com o bem entalado na garganta.
Quando eu era criança achava que eu era um anjo, que poderia curar e salvar qualquer pessoa, simplesmente com um beijo e uma prese.
Eu chorava enquanto as lágrimas se confundiam com a água do chuveiro pedindo a Deus que ele me abençoasse, liberasse minhas asas e me desse a força para cuidar de todos.
Ainda faço isso, peço essa força a anos mas essa força veio pouco, veio mais a decepção por não ter conseguido cuidar de quem eu presava, a decepção de não ter conseguido curar alguém querido.
Quando eu era criança achava que eu era um anjo, um anjo que poderia salvar a todos.
Hoje eu acho que esse anjo ainda ta dentro de mim, mas ele não consegue nem mesmo me salvar.
Deus, como eu queria ele ainda tivesse aquela força. Deus, como eu queria que nesse mundo fosse fácil ser bom. Deus, como eu queria não ser tão humano.
Deus, como eu queria ser um anjo.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Mais uma historia sobre magia pt.1

" A todos, esse é o texto que deveria entrar e substituir o sussurros por um tempo, mas como umas pessoas me convenceram a continuar com o sussurros o texto que vai dar uma parada vai ser escolha de vocês, no fim desse post comentem qual texto vocês preferem que pare: esse, o sussurros ou o labirinto de plantas. Espero que gostem e ai vai!"

Estava nas ruas correndo a uma velocidade sobre humana, estavam me perseguindo por um motivo que nem me lembro. Corri em direção a um prédio, saltei a sua fachada e aterrisei em sua paredece voltei a correr, dessa vez em direção ao alto do prédio. Eu ia conseguir fugir, esse otários nunca iam conseguir fazer isso.
Ao chegar no topo corri e saltei para outro prédio. Num susto enquanto ainda estava no ar esbarro em alguém, perco o controle e caiu no chão que está quinze andares a baixo. Quando vejo o chão se aproximando sinto um frio crescente na barriga e assim que o chão está prestes a me tocar eu acordo.
Droga, odeio oneromancia. Levanto e ando até a cozinha, ponho um como de café, pingo um pouco de whisky nele e me sento. Depois de uma três goladas pego o meu celular e ligo para Renato.
- Porra, já falei para não entrar nos meus sonhos a não ser que seja uma emergência.
- Haha, você só sonha bobagens, além do mais você não atendia o celular. - Disse ele com um tom de sarcasmo que apenas ele tem.
- O que você quer?
- Precisamos conversar, talvez seja serio.
- Ok, aparece aqui.
Desligo o celular e vou botar uma roupa. Renato não é o tipo de pessoa que sai da cama as altas da madrugada, deve ser serio mesmo o assunto. Assim que acabo de me vestir começo a escutar um ruído esganiçado correndo pelas paredes da minha casa, indo em direção ao banheiro dos fundos, um ruído meio eletrico. As luzes da meu apartamento se enfraqueciam e piscavam em quanto eu andava em direção ao banheiro. Havia uma sombra se concentrando no interior do banheiro, aonde também se concentravam os ruídos. Fazendo uma analise parecia que toda a energia do ambiente estava sendo voltada para aquele ponto, até alcançar o ponto que a realidade dobraria ali.
TIN! Um ruído metálico alto foi lançado para fora do banheiro enquanto uma ressonância gélida tomava conta da área dos fundos. Um jovem pequeno de aparência única saiu do banheiro limpando algumas particular que ficaram em seu blazer de brecho.
- MEU GAROTO! - Falou em voz alta levantando os braços calorosamente para um abraço.
- Renato! - Respondi o abraçando.
- Sim eu aceito whisky. - Disse ele sentando na mesa e pegando um copo.
- Eu não ia te oferecer. - Disse me sentando também.
- Eu sei. - Falou com um sorriso que eu só poderia definir como o de um coiote debochando de alguém perdido no deserto. E sim, era especifico a esse ponto. Ele colocou whisky no copo e pingou um pouco de café.
- Tinha necessidade de usar teletransporte?
Sua feição mudou, ele ficou serio e balançou a cabeça fazendo que "sim".
O Renato odeio teletransporte e não é muito hábil em magias espaciais tão indiscretas. Se o motivo o fez usar essa magia, o motivo é grande.
- Vai me contar?
- Não.
- Quer que eu veja?
- Sim, mas não sou eu que vou te mostrar. Gabriel e Eliza estão no Caern nos esperando. Eles viram mais do que eu.
- Ok. Só vou pegar minhas penduricalhos e já volto.
Entrei no meu quarto e abri meu armário pronunciando as palavras certas. Peguei num pode um punhado dos meus pertences e fechei o armário, pronunciando uma reza simples e materializando uma proteção em sua volta.
Quando volto na cozinha Renato está com seu guarda-chuva pulando num pé só e recitando algumas palavras.
- Vamos? - Disse chegando na cozinha.
- Vamos.
Ele bateu com o guarda-chuva no chão. Faiscas sairam do guarda chuva enquanto uma nuvem de energia se formou orbitando em volta dele e quando ficou grande o suficiente para o tocar ele sumiu em um estrondo metálico.
Eu sabia executar essa magia de modo muito mais rápido, direto e sutil. Apenas concentrando minha energia e chutando forte para frente, pensando no lugar que eu queria ir e quebrando a realidade com meu pé e me arremessando para outro ponto no espaço.
Apareço no Caern, que não passa muito da casa que nós temos num bairro perto de lá. A casa é trancada com cinco encantamentos diferentes um de cada um dos feiticeiros do Caern.
Ao chegar na sala vejo Gabriel e Eliza sentados no sofá quietos.
- Oi gente. - falo num tom quase interrogativo.
- Fala velho. - Diz Gabriel levantando a mão.
- Oi amor. - Diz Eliza antes de me dar um beijo.
- O que houve?
Me sentei esperando o encantamento que fizemos a meses surtir efeito. Uma linha mental nos ligava e quando uma lembrança ou um pensamento precisava ser compartilhado todos recebíamos.
A imagem da rua escura surgia na minha cabeça. conhecia a sensação de estar no corpo de Gabriel, no começo era esquisito mas havia me acostumado, apenas seu jeito de andar ainda me intrigava.
Nós estávamos andando nessa rua do centro da cidade, o gosto de vodka ruim ainda estava em nossa boca. Era sexta feira e estávamos voltando da ultima festa. A garrafa de vodka em nossas mãos estava no fim e o gosto era bom, combinava com o sentimento de estar sozinho na rua e combinava com a frustração de uma noite não tão boa.
Gabriel sabia se teletransportar tão bem como eu e tinha uma habilidade com maquinas que o permitia pegar qualquer carro a qualquer hora, mas mesmo assim ele preferiu andar, combinava com o gosto da vodka.
Quando nós virávamos uma esquina vimos de longe um grupo de homens de aparência suspeita e sentimos uma ressonância fluída e quente passou por nós, eram magos. Voltamos e nos escondemos na quina do muro. Nunca havíamos tido informações de outros magos como nós, pelo menos não que já não conhecemos, não tão fortes como nós, mas aquela ressonância não enganava, eles eram tão se não mais forte do que nós.
Os homens estavam cercando um adolescente que chorava de medo. Nós não conseguíamos ver de tão longe quem era, usar qualquer magia para ver talvez revelasse a nossa posição. Só deu para escutar quando um deles gritou:
- SE NÃO TEM NADA DE ÚTIL NESSA CIDADE PORQUE UM MAGO ESTÁ NOS OBSERVANDO?
Essa frase gelou nosso coração. Não havia tempo para lutar. Ainda que eles fossem bons não conseguiriam nos seguir no reino das sombras, aqui Renato manda na cidade de baixo e esse era o único jeito de sair sem ser seguido.
Dois segundos e um encantamento depois e nosso corpo já estava sendo engolido pelas sombras que vinham do chão. A sensação gélida de entrar no reino das sobras tomou nosso corpo e a memoria acabou.
Todos voltamos a reparar que estávamos no Caern. O silencio tomou o cómodo. Foram necessários cinco minutos até algum dizer algo.
- Eu preciso beber. Alguém mais quer? - disse indo para a cozinha.
Todos concordaram.
Passamos uma hora refletindo, discutindo e falando merda até que a conclusão veio:
- Vamos nos armar e ir até eles.
- Perfeito!