segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Happy Days Are Here Again

" Caso vocês caros leitores desconheçam a musica lhes digo por antecedencia: ela é bem gay. De pouco importa a musica, o que é de importância nesse post é o texto que essa musica me ajudou a pensar. Ainda não pensei nele todo, mas a ideia é mais ou menos a que se segue:"



Happy days

Lembro-me em detalhes dos meus amigos, fase por fase de seu, não melhor, de nosso amadurecimento. Gosto de chamar assim, é inquestionavel que algumas coisas não mudam e que todos nós regredimos em alguns aspectos, mas em termo geral nós amadurecemos. Mudamos de alguma forma para melhor em algumas coisas.
Essas lembranças permanecem frescas na minha cabeça quando eu paro para reflectir sobre a vida. Porem o que hoje me envolve quando eu começo a devanear é uma mistura bem peculiar de felicidade com tristeza, envolta em saudade e raiva. Isso me surpreendeu. Muito. Não sei se é só comigo, mas eu posso facilmente ser pego de surpresa pelos meus próprios sentimentos e isso não me agrada nem um pouco. Anyway, me perguntei até a pouco tempo o porque eu estaria nessa mistura tão peculiar de felicidade com tristeza e no que eu pensava quando esse sentimento me envolvia. Bom o fim do devaneio só feio a alguns segundos atrás quando estava escutando uma musica que diz basicamente o significado do seu titulo: Dias Felizes estão aqui de novo.
Eu sei que parece um pouco melancólico, principalmente se você parar para considerar a minha vida, acho que eu não tenho um dia triste a anos. Mas ainda sim, eu sinto falta de Tempos Felizes, com meus amigos, com minha namorada, com minha família. SIM! Eu sinto falta dos meus amigos, mesmo sendo uma pessoa cheia até o talo deles.
Não menosprezando aqueles que estão do meu lado, eu sinto falta dos que não estão. Seja por que estamos brigados, por que a amizade simplesmente não deu certo ou talvez porque estamos apenas um pouco afastados, não importa. Eu sinto falta de Tempos Felizes com eles. Conversar no play do prédio de um casal de irmãos amigos meus, apenas eu, minha namorada e eles, falar de RPG até tarde no sofá de uma portaria, beber uma cerveja esperando a única brisa fresca que só batia as cinco horas da tarde naquela casa infernal, conversar no banco da rua até a madrugada apenas porque lá era a metade do caminho, poder compartilhar de uma amizade intima que tinha com um certo alguém que ainda está perto, mas a amizade não pode ser ou não é mais tão intima. Essas coisas são apenas ilustrações, símbolos, de épocas que eram diferentes e que de alguma forma significaram muito para mim. Quando não era necessário não chamar alguém, quando não era necessário limitar alguma amizade para que essa pessoa aprenda a não depender de você. Quando simplesmente era menos gente e nós éramos mais unidos. Hoje existem as compensações, mas nunca deixo de pensar no quanto o ontem foi bom e quanto algumas fases de todos os dias serem bons dias poderiam voltar.
Sinto falta também de quando não precisava bancar a baba de ninguém da minha família, de quando era simples fazer minhas obrigações, porque eu sabia o que eu queria.
O que ocorreu é que a musica não só esclareceu do que eu sentia falta. Ela também me encheu de um estranho otimismo. Tudo vai melhorar, eu sinto isso. E logo os Tempos felizes vão voltar.
Amizades de afastam, mas voltam, famílias se consertam, problemas se resolvem e tempos não voltam, mas tempos tão felizes quanto, se não melhores, vem. E viram.

As homenagens desse post vão para principalmente: Valter, Kamylla, Ana B, Fernanda, Lasevitch, Matheus, Soma, Amanda, mas uma cacetada de gentes tipo: Juxy, Tata, Denis...

Tempos felizes viram. Espero te-los comigo de novo, se não... espero que vocês também tenham o tempos felizes.