quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Mais uma historia sobre magia... pt.5

Voltei da cozinha com uma garrafa de vodka. Gabriel permaneceu nela procurando algo... Eu achei que ele fosse pegar a vodka, mas quando perguntei ele falo que queria algo mais forte.
Quando cheguei na sala estava um silencio inquietante. Ju, Eliza e Renato não falavam, mal se mexiam. Todos pensavam em soluções, algumas coisas eram ditas em nossas mentes, mas nada em voz alta. Eu não aguento com silencio. Observei por tipo uns 0,001 segundos antes de gritar:
- CARA QUE SACO. NÃO TA TÃO RUIM ASSIM! QUE NERVOSO DESSE SILENCIO.
Todos me olharam com raiva. Eliza que já odeia quando eu grito por que tem ouvidos sensíveis, tampou os ouvidos com cara de dor, enquanto Renato em silencio andava até mim com uma cara de vem cá deixa eu te contar um segredo. Estendeu uma mão para frente atraindo minha curiosidade e com a outra veio por traz da minha cabeça para me dar um "pesco-tapa".
Pressentindo a ameaça, esquivei em cima da hora, mas não impediu ele de começar a me dar um esporro.
- ÔÔ animalzinho, se a gente vai planejar algo contra alguém, a gente não quer que ninguém escute, por isso estávamos falando tudo na "rede". Você precisava gritar? - Disse ele em minha mente.
- Ok...
Nesse momento Gabriel saiu da cozinha com um sorriso orgulhoso na cara. Carregando nada mais e nada menos que um galão de gasolina, aberto.
Todo mundo parou para observar tamanha idiotice.
- Me permitem? - perguntou Renato
Todos consentiram com a cabeça.
- QUE MERDA É ESSA?
Gabriel então aumentando a satisfação no olhar riu. Levou o galão a boca, tomou um gole grande. Limpou o que sobrou nos lábios na manga da camisa e disse:
- Algo mais forte!
O silencio tomou a casa. Dessa vez até eu estava em silencio.
- Você sabe que isso pode te matar . - Disse quebrando o silencio enquanto apontava sutilmente para a garrafa.
- Eu sei. Por isso treinei uma magia para não me matar. Desde quando virei mago pensei nisso. gasolina é mais forte e mais barato, a única desvantagem que era que ela matava se foi.
Silencio de novo. alguns minutos depois eu virei para todos e disse na rede:
- Então, o que faremos?
- Não sabemos ainda. - Eliza respondeu perplexa.
- Por que que vocês não estão falando? - Perguntou Gabriel em voz alta.
- Por que nós não precisamos CARALHO! Vocês não sabem ficar um minuto sem gritar! - Berrou Renato em nossas mentes.
- Era só avisar "monstro", não sabia que não podia falar perto do monstro!
Todos riram.
- Bom era óbvio que eles acham que nós temos algo que eles querem. Isso pode ser uma vantagem.- Disse Renato
- Bom, é ja entendi aonde você quer chegar, mas para darmos essa cartada precisamos primeiro descobrir o que diabos eles querem e por que estaria com a gente. - Falei iniciando uma discussão que durou horas.
Depois desse tempo confabulando, assistindo o Gabriel se intoxicar sem morrer, rindo e não chegando a conclusão nenhuma. Era nítido que eles eram melhores que nós. Ainda que não tenhamos usado tudo o que temos. Não poderíamos lutar abertamente com eles. O fato deles acharem que possuímos algo que eles querem poderia ser uma vantagem. Mas como iríamos descobrir o que era? Nós ficamos nesse impasse por horas até que:
- Aquela menina é mesmo abusada! - Disse Eliza irritada- Quando eu botar a mão naquela pirralha!
- É mesmo, ela acha que pode vencer todo mundo e brincar com a gente assim...
- Disse Ju compartilhando o seu ódio.
Houve um silencio de um segundo e todos ergueram a cabeça juntos.
- Podíamos pegar só ela! - Todos pensamos juntos. - É perfeito, alguém tão orgulhoso deve ser facil de se atrair e todos juntos certamente somos capazes de derrota-la.
- Essa pirralha não perde por esperar! Eu vou fazer ela falar tudo o que queremos! - Eliza completou queimando o seu ódio na mão.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Mais uma historia sobre magia...pt.4

As memorias da Ju eram diferentes... Mais bonitas e um pouco menos solidas. Ela estava saindo de casa e nós éramos ela.
Nós saímos e andamos em direção ao ponto de ónibus, não queríamos nos teletransportar pensavamos:
- Sou desastrada, vou acabar parando no lugar errado de novo.
Andávamos pela noite que estava muito bonita. Comprimentamos sutilmente a Lua, que brilhava imponente no céu e voltamos a cantar uma musica do Ramones. Nada que mais uma noite no caern não resolva, pensávamos enquanto viramos para o ultimo bloco antes do ponto de ónibus.
A rua estava estranhamente vazia, alguns carros, uma ou duas pessoas. Mas até para nossa cidade a rua estar tão vazia era meio assustador.
Do ar surgiu, vindo de uma nuvem negra perolada de energia, um gato. O gato, preto como a noite era o companheiro da Ju, ele foi feito por ela e vivia para servi-la.
- Boa noite senhora.
- Boa noite Jack - disse ela sorrindo para ele.
- Não queria estragar sua felicidade, mas estamos sendo seguidos. E os dois perseguidores parecem ser fortes.
- Como assim fortes? Tipo grandões?
- Não minha senhora, tipo magos como você.
Nessa hora os pensamentos que passaram pela mente dela foram surpreendentes pelo menos para mim.
Nós fechamos os olhos e uma confiança em nós mesmos cobriu nosso corpo. E tenho certeza que também senti uma fagulha de felicidade por poder entrar numa luta boa, sozinha.
- Tudo bem... Jack obrigada.
- Como assim tudo bem? não quer minha ajuda?
- Não, apenas avise aos outros que vou me atrasar.
- Sim senhora.
O gato se tornou um pouco mais solido do que era antes e correu em disparada. Assim que ele saiu um volto passou mais rápido que ele o seguindo.
Nós acompanhamos ele com o olho. O vulto era uma menina loira, correndo numa velocidade sobre humana atrás do Jack.
Num movimento rápido Ju juntou as mãos na frente do peito fazendo um símbolo e selo. Uma nuvem de energia negra perolada se formou em volta de seus tornozelos selando suas pernas juntas, levando ela a um tombo numa velocidade sobre humana. A nossa sensação quando isso aconteceu foi otima, mas não era hora de contar vitoria. A menina quebrou os selos apenas com a força das pernas olhou com ódio para trás e voltou a correr.
Quando nós olhamos para trás o outro perseguidor já estava a vista. Um homem vestindo uma camisa larga, feitas de um tecido beji e uma calsa jeans andava em nossa direção.
Nós rapidamente pegamos o vidro de água benta da nossa mochila e espirramos um pouco na nossa frente, fazendo um perímetro. A agua benta coberta pela nossa energia e intensificada bela bensão assim que tocou o chão se tornou uma nuvem negra. Estávamos nos sentindo bem, finalmente usei a agua sem ser em vão.
A nuvem se mexia vagarosamente fazendo um circulo a nossa volta. Estávamos protegidos. Ou a menos pensávamos isso. O perseguidor começou a avançar lentamente em nossa direção. Sem deixar barato nós passamos a mão no nosso broche do Motohead, sussurrar apenas algumas palavras já foi o suficiente. Da nuvem de energia saiu uma caveira de porco com chifres em investida contra o cara, acertando ele na mosca.
Ye! Pensamos, posso ganhar essa luta. Forte "uscaralho" forte sou eu! A alegria não durou muito. Assim que ao longe ele se levantou sentimos uma vibração muito mais forte do que temíamos.
Ele abriu a mão e um calor intenso tomos nosso corpo. Quase como se a energia dele estivesse nos envolvendo, nos prendendo. Aos poucos ela foi ficando renti a nosso corpo nos deixando imobilizado. A energia era intensa, quente, porem com pouquissima ressonância. Ela nos alcançou sem nós nem notarmos. Estava ficando cada vez mais difícil de respirar. Como uma cobra, a sua energia nos apertava conforme tentávamos sair. Ela já havia tomado todo o controle do nosso rosto, assim não podíamos gritar nem usar a maioria das magias.
Maldito, agora nem respirando mais estávamos. Um pouco antes de apagar escutamos:
- Peguei o gato, mas assim que você pegou ela ele sumiu. Você vai mata-la?
Silencio
- Deixa ela comigo, vamos botar um pouco de terror neles. Assim eles vão contar aonde está!
E apagamos.
Todos nós voltamos da memoria dela. Um pouco abalados. O silencio de novo tomou a sala.
- Vou precisar de mais que vodka. - Gabriel falou levantando e indo em direção a cozinha.
- Eu também. - falei e segui ele.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Droga, ainda estou nessa fase...

"Assim como o titulo diz, esse meu texto que deveria ser a continuação de um dos meus contos será mais um texto da fase de reflexões. O fato é que quando a vida real está interessante o fictício se torna chato e a inspiração para esses textos diminui. Sendo assim ai vai o próximo pensamento":


Saudade do som do violino. Por mais que fosse desafinado e um pouco sem ritmo o som que eu o fazia reproduzir me trazia uma satisfação rara, porem essencial. Esse som do meu treino se tornando uma musica, simples, aguda e limpa me dava uma satisfação que somente agora eu entendi. Estou a dias procurando a musica que eu quero escutar, mas nunca acho. Porque a musica que eu quero escutar é a musica do meu desafinado violino.
Talvez poucas pessoas tenham entendido que o violino, apesar de simbolizar no texto o meu violino também simboliza outras coisas. Coisas que um dia ajudaram a me definir que hoje eu não tenho mais...
Outra coisa que eu adorava era liderar, isso todos sabem e sabem exatamente aonde e quando. E essa sensação de ser ouvido e tomar a escolha certa, das pessoas te agradecendo depois de uma noite bem liderada e do peso e da responsabilidade de ter que liderar a todos não vão voltar. Talvez nunca tenham existido, porque vamos combinar eu mudei esse aspecto da minha personalidade o máximo que pude porque ninguém de fato me queria nessa posição do jeito que eu estava e a historia de me agradecerem depois da noite talvez nunca tenha acontecido. Mas eram coisas que eu tomava para mim. Que para mim me definiam e que agora não mas. Ta esse texto não é para abrir a discussão de se é saudável ou não você se basear em caracteristicas boas ou ruins para se sentir melhor. A questão é que sendo isso bom ou ruim quando você perde essas caracteristicas você fica sem chão. E agora que eu reparei que por ter "evoluído" eu não tenho quase nenhuma delas. Eu ainda sou, modesta parte, um amigo decente, coisa que sempre me orgulhei. Porem, alem disso não existe nada...
A sensação que isso causa é desconfortante, por mais que eu saiba exatamente quem sou, eu preciso dessas coisinhas fixas para provar para os outros quem eu sou, ou para mim mesmo. Eu sei lá... mas é mais ou menos assim que eu estou me sentindo... Saudades do meu violino, da minha amizade com um certo amigo loiro, saudades de estudar, saudades de...saudades de.... a sei lá, mas eu sinto.


Acho que esse não é o fim dessa crise de pensamentos no blog. Mas se conforta vocês ai vai a lista de texto que eu vou preparar durante a crise:

Sussurros Acorrentados (do 6 ao 8)
Labirinto de plantas pt.2
Mais uma historia sobre magia...
Luiza pt.2 (esse nem comecei mas espero que saia)

domingo, 19 de setembro de 2010

Uma palhinha sobre amor

Uma nova sensação que deve ser escrita, esse post só vai ter umas 4 linhas.. mas espero que diga a que veio.

Amor ou um relacionamento é mais sobre confiança ( seja ela auto confiança ou confiança no parceiro), do que sobre qualquer outra coisa que vocês possam vir a pensar. Hoje eu estou me sentindo como me senti antes, estou na situação de um namoro que só pode ser descrita usando de ilustração aquele joguinho de confiança. O problema é que apesar de ser normal essa sensação está durando muito tempo e eu não sei o quanto tempo eu posso aguentar.
Se tratando da ilustração... Imaginem esse joguinho, você está de costas para o seu amigo ou no caso para sua namorada. Você confia nela e se solta. Dia por dia você cai lentamente. Normalmente ela está lá e te segura. Mas o que você faz se ela não te segura...
Você espera... Dia após dia...Esperando que amanha ela te pegue e dia após dia você começa a reparar que dessa vez talvez ela não te pegue. Dessa vez talvez ela esteja muito ocupada com algo dela ou com as criticas que ela tem de você. E uma hora você vai ter que parar seu corpo com o pé. E olhar em volta, talvez ela não esteja nem perto. O que você faz se isso acontecer, você não tem o que fazer.... pelo menos sinto que eu não teria. Por isso continuo caindo, esperando que ela me pegue sem que eu precise ver que ela não está lá. Eu espero que ela esteja lá, que ela veja.


Cara... eu espero que ela me segure...

É tudo o que eu tenho a dizer sobre isso....

( Gostaria que ninguém perguntasse o que aconteceu.... esse texto é para me abrir e mandar uma mensagem, não para fazer drama e para chamar atenção. Obrigado)

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O mar

"Chega um pouco de contos. Eles dizendo ou não pelo que eu estou passando. Lá vai para vocês uns pensamentos meus sobre pequenas situações da vida."





Tive a ideia de escrever devido a sensação que está em mim essa semana. O pensamento que melhor ilustra ela é a ideia de estar perto de um pequeno penhasco, que da direto para o mar agitado. Eu a pouco tempo atrás estava de costas para a queda, para o mar. Eu estava fazendo pequenos movimentos e tendo pequenas conversas para que não acontecesse o que eu sentia que ia acontecer ou o que eu queria que acontecesse.
Bom, no fim o que importa é que os pequenos passos para a frente não me impediram de cair de costas e eu já contava com isso. A queda foi a sensação de veio depois disso. Vocês sabem muito bem qual a sensação de cair. Você fica atordoado e quando vê o chão, ou nesse caso a agua, já chegou em você. Tirando a metáfora, eu estava com a sensação, não, eu estava com a certeza que algo grande viria em direção ao meu rosto, por que segundos antes eu estava com a sensação de ter perdido o chão.
O que nos leva, meu leitor, a sensação que estou hoje. Sempre odeie essa sensação, mas alguém muito forte e muito sábio me ensinou a tirar o máximo proveito dela, hoje eu acho essa sensação excitante.
Eu estou no mar, sendo jogado de um lado para o outro pelas ondas. Eu odiava me sentir assim. O frio na barriga de não saber aonde vai parar, a vontade incessante de querer controlar tudo o que está acontecendo a sua volta. O medo de sair da agua muito pior do que quando você entrou.
O porque deu gostar dessa sensação? Eu explico. Eu sempre fui controlador e calculista com tudo o que ocorria a minha volta, isso varias vezes me impediu de passar por varias mudanças que poderiam ter me ajudado. a grande verdade é que sempre tinha mais medo do mar do que da queda. Eu evitava a queda para não ir para o mar.
Muito metafórico? Ok... vamos lá... a muito via uma mudança chegando, uma mudança que poderia dar tão certo quanto algo pode dar e que poderia dar tão errado que acabaria com muitas das coisas que eu preso boas. Essa mudança veio como uma maré alta e bateu no penhasco com força. Eu tentei controlar sua chegada, fazer a mudança chegar aos poucos, mas foi inútil. Ela veio e ficou me chamando, sussurrando meu nome, batendo contra as pedras com força, apenas para mostrar seu potencial e sua força.
Ela sempre disse para eu deixar as coisas rolarem e até agora ela ainda não errou. Ela sabe o quão emocionante a sensação de ser jogado de um lado para o outro pode ser se você não tenta se debater e se estabilizar. É como estou agora, o frio na barriga está sempre lá antes de ir dormir. -Aonde tudo isso vai me levar?.
Eu me pergunto enquanto fecho os meus olhos.
-Espero que o final seja bom.
Ou como sei que ela também diria:
-"Espero que o final seja bom, ou pelo menos que a viagem valha a pena."
Todos sempre dizem a expressão: Construir uma vida. Como se a vida fosse feita apenas das coisas solidas. Acho que existe muito mais vida em momentos como esses. (Me sinto vivo como raramente me senti). Você pode construir sua vida, como uma barraca na praia. É bom, quando você sai do mar agitado a sensação de segurança que a terra te dá. É esplêndida. É como pegar fôlego. Por isso hoje eu digo aos que tentam "construir" suas vidas em terra firme: não se esqueçam de ir para a agua de vez em quando, nunca se sabe aonde ela pode te levar.


"Hoje eu to curtindo esse medo, mas amanha eu vou querer que ele passe logo."