segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Mais uma historia sobre magia "origem" pt.1

Ele não fazia nada. Era a primeira vez que ele passou tanto tempo sem sair do seu quarto. A primeira de muitas vezes. Sua mãe havia viajado, sua irmã foi passar o final de semana com o pai. Ele poderia ter ido com eles, mas não via mais graça em sair de casa, massacrado por uma tristeza imensa ele preferiu ficar. Preso no esquecimento que tantos e tantas coisas já entraram.
Era o terceiro dia que ele permanecia lá, imóvel. Seu corpo não mais coçava, seus olhos não ficavam desconfortáveis de estar fechados. Por poucos instantes sua mente saia da dor e pensava no como ele agüentou tanto tempo sem sentir fome e sem querer ir ao banheiro, mas logo em seguida sua mente voltava a explorar o esquecimento e a solidão.
Algo parecia certo, algo em sua depressão e em sua magoa parecia apontar para uma escapatória, ou para o conhecimento, e qualquer um deles valeria a pena de ser alcançado. Sem que percebesse sua energia se mexia intensamente, absorvia cada gota de vida no ambiente que estava. Pouco a pouco começou a absorver a luz que corria a sua volta, o som e o ar. “E quando a sua volta existia somente o nada, a dor, e o esquecimento” ele abriu os olhos e viu o outro lado, o reino de baixo.(?)
Sem que ninguem o explicasse nada, ele sabia o que tinha feito. Ele sabia onde estava e o que precisava fazer para voltar. Então, após alguns momentos, seu corpo e sua mente ja nao aguentavam mais o esquecimento.  E foi se concentrar na importância que tinha para sua família e seus queridos que ele voltou.
- UOU. Preciso de um cigarro.
Estendeu a mão apanhou o isqueiro o colocou perto do rosto. Enquanto ele tragava o ar, vindo fogo começou a surgir, feito de chamas e da energia que havia coletado, um cigarro. Vindo do nada, formado pelas pequenas vias de fogo, como aquelas que surgem no papel subiram pelo ar em direção a sua boca.
Depois de um trago forte ele soltou a fumaça no ar, manipulando ela levemente com sua mente. Ele sorriu e fez uma referencia que descrevia tudo o que sentia:
- Magic!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O monstro

Eu tenho 6 anos e to correndo atrais da bola.
- Corre corre... - a pequena voz fala. - corre... Você vai jogar bem, vai deixar todo mundo impressionado.
Eu corro, meu coração acelera, muito. Minha respiração começa a falhar.
- Para de correr, você ta cansado, para. Já chega. Você não gosta de futebol mesmo. Você tem bronquite, eles não entendem. - diz o "monstro".
Eu paro de correr. Meu coração está a mil. Minha respiração ta parando.
- Merda. - eu penso.
- Qual foi gordinho, canso? Quer ajuda?


GORDO! RUIM DE BOLA! FRACO!

Eu tenho 10 anos e estou fazendo escalada. Eles aplaudem quem chega no fim da parede. Eu nunca nem cheguei na parte invertida. Hoje eu to quase chegando lá.
- Vai...vai. - diz a pequena voz - Você consegue, vai impressionar eles, vai impressionar elas. Vai!
Eu continuo subindo.
- Chega, você ta cansado, já chega. Solta. Ano que vem você continua. - diz o "monstro".
Eu estendo a mão e alcanço a primeira agarra do invertido. E solto.
Saiu da parede orgulhoso de mim mesmo. Enquanto todos olham pra mim com desprezo em seus olhos.
- Por que você desistiu? - pergunta o professor desapontado.
- Eu tava cansado. - menti. Para ele, para mim, menti. - Eu termino ano que vem.
Nunca mais voltei na escalada.

FRACO! GORDO! MERDA!

Eu tenho 5 depois, depois 6, depois 7... Eu tenho 17.
Meu melhor amigo faz piadas de mim por que o único livro que eu consegui ler a minha vida toda foi: "As ferias de Pikashu". Se ele soubesse que eu não conseguir terminar de ler nem esse.
- Porra moleque, você tinha que ler "deuses". A é, não tem o pikashu.
Eu olho para baixo com vergonha de mim. Riu, finjo que levo na brincadeira.

FRACO!

Minha vida toda.

FRACO!

As meninas me olham.

GORDO!

- Você seria bonitinho se fosse um pouco mais magro. - 12 anos.
- Você nunca vai ficar como ele. - 10 anos
- Desculpa amor, mas ele é muito gostoso. - 18 anos

- Meu maior sonho é emagrecer. É ser quem elas olham. - pensava. -
- Você consegue, ai você já não é mais tão gordo quanto você era. - pequena. -
- É ruim, dói, não da resultados. Você nunca vai ser magro. Fica em casa, não sai, não malha, não corre. Você tem bronquite e é gordo. É feio quando você corre, você não consegue. Eles são melhores de bola, melhores corredores, mais magros. PARE DE TENTAR. - o "monstro" ganha.

FRACO! GORDO! MERDA!

-Minha faculdade ta difícil. ---- "mostro"
- Vamos caminhar na praia amor. ----"mostro"
- Cara lê esse livro. ----"mostro"
- Você precisa fazer o R.P.G. ----"mostro"
- Vai ver isso no medico. ----"mostro"
- Por que que você não faz um óculos.----"mostro"
- Por que você não estuda.---"mostro"

Minhas maiores vitorias:

Meio "Deuses americanos"
Meio " O Rei do inverno"
Um ano e meio de kung Fu
Brilha, Brilha entrelinha no violino
Meias historias no meu blog
3 anos de uma matilha forte e unida
4 anos do melhor namoro que alguém pode ter


Aguentar um segundo dói, um dia é difícil, meio livro é quase impossível.


Tem sempre uma hora que o monstro me ganha.


É só uma questão de tempo.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Mais uma historia sobre magia... pt.8

Escutamos um estrondo vindo do primeiro andar. Logo depois uma voz.
- Bosta!
Eu fui o primeiro a me teletransportar e ver de perto quem era nossa visitante. Logo depois chegou Liza literalmente cuspindo fogo.
- PARA AMOR! - Gritei - É a Bia.
Liza parou antes que o fogo nos alcançasse.
- Bia! Que saudade. O que te traz aqui? - Falei a abraçando.
- Ontem alguém invadiu minha casa, não sei quem foi mas eu imaginei que talvez vocês tivessem envolvidos. Somente um bom mago conseguiria.
- Bia! Tudo bom? - Falou Gabriel com um sorriso interessado.
- Bia, você ainda está praticando a magia das sensações? - perguntou Renato
- Claro. Estou ficando honestamente muito boa.
- Acha que você pode usar para interrogar alguém? - Falou Gabriel adiantando o pensamento do Renato.
- Acho que sim, mas do que que vocês estão falando? Quem invadiu meu apartamento a propósito? O que é que ta rolando aqui?
Eliza explicou tudo para ela, enquanto eu e Ju saímos para armar a vigia e Gabriel e Renato preparavam o interrogado.
- Será que vai dar certo? - Perguntou Ju aflita. - Eu quero logo saber quem são eles e o que é que eles querem.
- Relaxa, acho que vai dar tudo certo. Renato não costuma ter más idéias.
- É. Essa parte é sua né.
Rimos um pouco até que o silencio tomasse controle. Tentávamos sempre parecer calmos, mas dessa vez era visível a preocupação em nossos rostos. Talvez o que estivesse rolando fosse um pouco mais serio nós pensávamos. Apesar dos leves machucados ninguém se feriu. O que nos dava a ilusão de que tudo estava bem. Mas e se não estivesse?
Nós nunca havíamos visto magos tão fortes e tão diferentes.
- Está tudo pronto! - Gritou Eliza de dentro do Caern.
Ju Chamou seu gato para ficar de vigia enquanto o interrogatório acontecia.


O porão estava pronto. Arrumado para parecer uma sala inofensiva. O interrogado estava no sofá, inconsciente. Tudo parecia extremamente tranqüilo e aconchegante.
Bia estava arrumada com um avental e estava com uma aparência inofensiva e agradável.
- Só vou poder manter a mente dele sem memoria de hoje por uma hora. Acha que consegue? - Perguntou Renato se sentando.
- Farei meu máximo.
- Vamos começar.
Todos se sentaram junto com Renato atrais de uma tela, quase como um vidro policial. Nós podíamos vê-lo mas ele não poderia nos ver.

Quando a Bia entrou no quarto ela estava com um olhar diferente. Todo o ambiente do quarto mudou.
- Eu fiz biscoitos! Falou rindo enquanto acordava o interrogado.
O homem acordou completamente desnorteado.
- O que é que está acontecendo. Quem...
- Relaxa. - Falou a bia passando a mão por ele. - Você está em casa. E você tem biscoitos caseiros para comer.

- A energia dela é incrível.- Falou Gabriel em nossas mentes.
Antes que ele dissesse todos nós ja tínhamos sentido. No segundo que ela falou: "relaxa", uma enorme sensação de tranquilidade invadiu nossos corpos e o cheiro de biscoitos tomou nossas mentes.
- Uau! - Falou Renato
- É. E a energia está concentrada nele. Nós devemos estar recebendo só o que sobra, e minha boca já está cheia de água. Esse cara ta frito. - Completou Gabriel

- Come um biscoito aqui que eu to acabando de preparar a costela, enquanto isso só relaxa ai e assiste um pouco de televisão.
O homem reclinou para trais e como se nunca houvesse questionado o que estava acontecendo começou a comer os biscoitos enquanto assistia televisão. A satisfação em seus olhos era tanta que ele parecia uma criança.
Quando a Bia voltou ela carregava um tabuleiro de costela de porco no molho e uma cerveja que só poderia ser descrita como perfeita.
O homem comia insanamente enquanto a Bia falava. No segundo em que a costela acabou o homem não parecia nem um pouco cheio. Como se a vontade de comer tivesse apenas aumentado.
- Quer sobremesa meu amor? - Perguntou a Bia enquanto recolhia o tabuleiro.
O homem só havia tomado meia garrafa de cerveja e já estava completamente embriagado.
- Claro! - Falou com uma cara de quem faria qualquer coisa por aquela sobremesa.
Quando a Bia voltou ela estava carregando um prato com o que eu descreveria como o mais bonito "petit gateau" que eu já tinha visto. Coberto com uma imensa bola de sorvete e banhado em calda de chocolate.
O homem tremia apenas em ver a sobremesa. Sua boca salivava, suas mãos transpiravam.
- Você quer?
- Claro!
- Faria qualquer coisa por isso?
- Claro!
Todos nós também estávamos salivando.
- Existe algo mais que você queira tanto nesse mundo?
- Não.
- Nem mesmo o que você veio aqui procurar?
O homem demorou para responder. Foi quando a onda de energia da Bia junto com o cheiro sobrenatural daquele "petit gateau" se intensificou que a resposta veio.
- Nem mesmo isso.
- Então se o quer que você veio procurar não é tão importante você não se importaria em me contar exatamente o que é.
- Não posso.
- Bom, acho melhor jogar a sobremesa fora então.
- Não!
- Decida-se
O homem suava, seu corpo tremia desesperadamente. Ele não conseguia tirar os olhos da sobremesa por um segundo. Foi ai que o aspecto "interrogatório" se tornou claro.
- Ok. Eu falo. É apenas uma pedra.
- O que é tão importante nessa pedra?
- Não sei!
- Poxa, mas você esta tão perto. Falou deixando um pouco de calda cair no sofá.
O homem lambeu desesperadamente o sofá e depois voltou a falar.
- Ta bom! A pedra não faz nada sozinha. Mas na mão de um mago ela pode ser usada para um novo tipo de magia.
- Que tipo de magia? - Falou tirando um pedaço da sobremesa com a colher e indo com ela lentamente em direção ao homem.
- Não sei. Hugo é quem os deseja tanto. Dizem que essas pedras são fragmentos do Espírito de Gaia, que está se quebrando. Estão surgindo por todo o mundo pedras como essa. E como são tão poderosas muitos magos estão nessa busca.
- Você foi um bom garoto. Agora, aonde seus amigos estão escondidos?
- De baixo do museu! POR FAVOR EU TE IMPLORO ME DEIXA COMER!
-Ok.
Ela soltou o prato na mesa e o homem enfiou o rosto nele logo em seguida. Usando suas mãos para comer. Logo depois ele apagou.
- Uau. - Repetiu Renato.
- Acho que eu to apaixonado. - Falou Gabriel.
- Sobro um pouquinho de sobremesa? - Perguntou Eliza com água na boca enquanto íamos amarrar o homem de novo.

O resto da noite foi de álcool e pesquisa. Mais álcool do que pesquisa, afinal estávamos festejando duas vitórias consecutivas. A sorte estava finalmente do nosso lado e a lua estava começando a ficar cheia.

Mais uma historia sobre magia... pt.7

Todos esperava-mos ansiosamente que Renato aparecesse.
- Merda, odeio esperar. - Falei enquanto sentava no meio fio. - E por que diabos ele não da noticia nenhuma na "rede"?
- Você conhece o Renato cara, ele fica todo irritadinho tendo que dar satisfação para alguem. - Falou Eliza enquanto brincava com uma bola de fogo violeta. - Se ele tivesse encrencado ele teria gritado. Eu só consigo é pensar no que vou fazer com aquela pirralha quando ela aparecer aqui.
Gabriel que estava de vigia foi o primeiro a pressentir. - Ele ta chegando.
Num flash coberto de eletricidade Renato apareceu com um sorriso arrogante na cara.
- Aonde você tava porra? - Gritou Gabriel.
- A TA! Da proxima vez você é a isca então! Não fode! Querem saber ou não? - Falou limpando o sangue da boca.
- Diz logo. O que que houve? - Ju perguntou ansiosa.
- Vem comigo pro porão eu tenho uma surpresa.

O ar ficou denso de uma vez.
Eu sempre me surpreendo como magias, como teleporte, feitas em grupo ficam muito mais fáceis de se executar. Em um instante todos estavam no porão. Observando o homem em roupa de kung fu se contorcendo. Tentando com todas as forças sair do incrível numero de feitiços, símbolos e cordas que o prendiam.
- Que porra é essa? Cadê a menina? - Falou Eliza tentando esconder sua decepção.
- Não apareceu.
- Que merda. - Falou Eliza deixando bem claro sua decepção.
- Ei! Nem olha para mim. A culpa não é minha se ela só apareceu para encher o seu saco. Eu arrasei.
- Pode crer. - Disse Gabriel.
- Mas já adianto logo: ele não vai falar a base de só tortura. Meio que já tentei. Acho que ele não senti mais dor. Algum feitiço, que por acaso eu preciso descobrir.
Não havia muito a ser dito. Todos olhávamos fixamente para o inimigo enquanto tentávamos descobrir o que fazer.
Não demorou muito dessa vez até a sorte nos jogar uma corda.

terça-feira, 19 de abril de 2011

O agora

No meu coração o vazio continua. Pessoas passam por mim, me perguntam coisas, me falam coisas. Como se eu escutasse. Dia após dia eu vejo o mundo através de uma tela de vidro, até mesmo as coisas que eu mais prezava agora andam do outro lado como se tivessem se misturado ao fundo.
Tenho medo de destruir a vida daqueles que estão tentando quebrar o vidro. Eles se esforçam, suam, machucam suas próprias mãos para me tirar daqui. Choram e gritam para que eu reaja, para que eu lute. Acho que eles não vêem através do vidro.
Eu quero sair.
Eu quero sair.
Eu quero sair.
EU QUERO SAIR!

Uma sabia pessoa me disse que eu não sei o significado de processo. Que eu não entendo que algumas coisas demoram. Eu não quero que demore. Eu quero sair daqui. Quero sentir seu abraço, quero sentir seu beijo. Eu quero sair.

E se eu não conseguir. E se eu for ficar aqui, para sempre. Não vale mais a pena eu simplesmente ir embora? Levar meu vidro e minha agonia para longe das pessoas que eu amo. Deixar que elas sejam felizes.

Maldito vidro, quando foi que ele apareceu aqui.
.
.
.
Eu quero sair...

Abismo

Um grande abismo entre nós


Entre duas pontas de uma montanha,


um buraco profundo.


Eu devo pular ou não?

segunda-feira, 14 de março de 2011

O gafanhoto e a lagarta

- Boa noite gafanhoto. Durma bem.
- Boa noite minha lagarta.
- Gafanhoto eu não aguento mais, não aguento mais essa árvore, não aguento mais essa folha, dia após dia eu sinto que deveria virar uma borboleta. Você entende? Bater asas e voar.

Essas palavras doíam no gafanhoto mais do que qualquer outras. Ele morre medo de perder sua linda lagarta. E ele sabia bem a frase que viria a seguir.

- E gafanhoto, eu não aguento mais você. Você está sempre querendo me apresentar o lado bom da árvore e tentando me ensinar a andar de um jeito melhor. Eu não quero andar eu quero voar.
- Eu sei.
- E eu não aguento mais você tentando me segurar!
- Desculpa. Tenho medo de te perder.
- Eu sei. Mas...
- Eu entendo que você foi feita para voar. Mas sinto cada vez mais que eu não fui.

A lagarta abaixou a cabeça. E o gafanhoto voltou a falar.

- Eu sei que você foi feita para voar. - Falou passando a pata em sua pele. - E eu, por mais que me doa decidi não te impedir. Não me peça para não ficar triste doce lagarta, pôs por mais que eu soubesse que era inevitável, eu nunca quis que esse dia chegasse. E você pode ter certeza meu amor, que vou estar do seu lado enquanto você se transforma. Vou cuidar do seu casulo, e quando você voar, vou tentar voar com você. Mas meu corpo não foi feito para voar como o seu.

E pode ser que eu não consiga. E se isso acontecer saiba que eu vou sempre pensar em você. E que meu coração será sempre seu. Não vou mais te segurar, mas saiba que aonde você estiver meu coração sempre será seu. Agora dorme minha linda, dorme que já é quase se manhã.
Depois de ouvir a lagarta conseguiu finalmente aquietar-se e dormir. Mais uma vez tranquila nos braços do gafanhoto, sonhando com voar.

O gafanhoto por sua vez a acariciou e rezou, rezou para que ela conseguisse voar mais alto que qualquer borboleta jamais voou, rezou para que ela estivesse sempre segura. Depois fechou os olhos e dormiu. dormiu com ela eu seu braço mais uma vez. E torcendo para que um dia ele consiga voar, tanto quanto ela.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Carta ao leitor

Odeio quando autores se contradizem. Por isso ai vai:
Vou me contradizer. Não não vou, Não vou sim.
To brincando.
No meio da historia: "Mais uma historia sobre magia" eu falei que os personagens não conheciam ninguem mais que fazia magia. isso foi quando o texto tinha objetivo de ser pequeno. Agora que minhas ambições são outras venho por este a lhe informar que haveram outros magos conhecidos e outras tramas a se tecer assim que essa inicial acabar. Mil desculpas pela contradição gente. Espero que não afete a confiança de vocês em mim.

Um bejo para meus leitores (como se fossem muitos).
Do seu escritor lindo e sarado:
Lucas L.A.

Mais uma historia sobre magia...pt.6 pt. 2

Quando alcançaram o chão seu corpo estava exausto.

- A moeda absorveu quase toda a energia. Sorte minha. – Pensou rindo.

A moeda caiu da sua boca incandescente. Seu inimigo se levantava com dificuldade, a manobra feita sem concentração dispersou muita energia. Não deve ficar em pé por muito mais tempo.

-Gente cadê vocês? Ele se perguntava incessantemente até se tocar que não havia caido no lugar programado. Merda vai ter que ser no braço mesmo.

Seu corpo estava com os músculos arrebentados seu movimento limitado. Mesmo assim ele tentava se erguer. Seu inimigo cambaleou até cair no chão. Pouca energia torna mesmo a tarefa mais simples complicada.

Ele pegou a moeda no chão e andou até seu inimigo. Ele usava calças pretas de pano e uma camisa de modelo oriental e sapatilhas de luta. Provavelmente era um guerreiro de corpo a corpo. Certamente um amante de Kung Fu.

- Que azar cair para lutar logo comigo.

A moeda pulsava uma energia densa, o tipo de energia que pode fazer magia instantânea.

Renato sorriu mais uma vez.

- Você esta esgotado não é?- Falou se aproximando ainda mais do homem que não deveria ter mais que 26 anos.

- Não leve a mau se não conseguir nem falar. Você tem muita energia, só não é muito inteligente. Se não fosse uma emboscada você teria feito um estrago.

O homem balbuciava ofensas mas não era capaz de erguer nem mais um dedo.

- Eu nem acredito que ganhei. A é vocês machucaram a Ju. – Apenas mencionar o fato de que machucaram a Ju já deixava Renato irritado. Qualquer uma menos a Ju.

A raiva subiu seu corpo e sua energia juntando o ultimo esforço de seu corpo ele se concentrou e:

- RRRRRRR. SHUP.

Um escarro bem na cara. Pronto, o ódio havia melhorado, por enquanto.

- Preciso saber aonde estão os outros. – Pensou

- A obrigado pela energia, vai ser útil para te levar. – Um ultimo sorriso.

Girando a moeda no ar e recitando as palavras que eles me ensinaram acho que eu consigo te prender e te teletransportar para o porão.

-Pena que eu não consegui levar você para o lugar certo se não ia sobrar um restinho de energia para mim, mas como estamos longe....

O brilho da moeda tomou o lugar, a energia que se propagava da moeda foi canalizada pelo renato e se transformando em metal frio e sem energia. Com o inimigo preso Renato usou o resto da energia para teletransportar-los para o porão.

- Renato wins. - Pensou ao terminar o ritual.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Mais uma historia sobre magia...pt.6 pt. 1

A raiva passa por ele ainda que ele tente reprimir.
- Odeio ser usado de isca.
Ele tentava controlar seus sentimentos, eles tiram o foco de sua magia. Seja centrado, seja frio.
Ninguém nunca o desafiou no seu próprio reino. Existe uma dimensão abaixo de de nossa cidade apenas para as mentes, espíritos, pessoas e sentimentos excluídos ou esquecidos. Nela ele é Rei.
Ele anda olhando para as pessoas e pensamentos que se esgueiram pelo canto das ruas. Se eu tivesse algo para esconder esconderia aqui.
-Espero que eles pensem o mesmo.
Uma brisa passa por suas pernas, trazendo aquele bilhete de amor que nunca mais foi lido e o levando para longe na "cidade de baixo".
Não há vento aqui. Eles chegaram
Ele não é bom em magias instantaneas e muito menos em magia elemental, mas sua arrogância na batalha ainda sim pode ser explicada, ele não era fraco. Não era o mais for, mas não era fraco.
Tirou o seu cordão e mordeu, ali a moeda do cordão ficou, presa entre seus dentes.
Olhou para trais e não havia mais cidade, apenas uma grande escuridão. Um homem estava sentado num trono feito somente de sombra e o olhava fixamente.
- Esse mundo é meu.
- Garoto, nenhum mudo tem um dono tão fraco.
Ele sorri com sarcasmo.
- Garoto?
- Sim, garoto.
Num piscar de olhos a energia do lugar estagnou e se tornou densa.
- Esse é meu mundo. - falou sorrindo
Todas as almas olharam para o homem no trono. Do vazio dos olhos delas vinha o desespero da solidão e de seus corpos a dor da incompreensão.
O trono ruiu, mago nenhum faz magia com sentimentos que não pode suportar.
Renato continuou parado com sua moeda na boca enquanto a escuridão se dissipava deixando apenas o homem no chão.
- Quem é o garoto agora? Ninguém que não conhece a dor de estar aqui pode me enfrentar.
O homem olhou nos olhos dele e vendo a derrota não teve outra saída.
Num salto agarrou Renato e em apenas um impacto de energia arrastou ele para fora de cidade de baixo.
- AGORA - Renato gritava com toda a sua força dentro de sua mente.
A rajada energética do seu adiversario estava forçando seu físico.
- MAIS UM POUCO E FUDEU GENTE.
Assim que eles caíram de volta nas ruas da cidade normal seu corpo já não aguentava mais seu peso.
- Droga gente.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Um pouco sobre magia

Magia: Arte tida como capaz de produzir, por meio de certas práticas ocultas, efeitos que contrariam as leis naturais. Esse é o conceito comum de magia. Ele é simples e muito explicativo, mas passa longe do meu conceito de magia pelo simples fato que ele julga magia como algo que contraria a natureza. O texto uma nova historia sobre magia não é nada mais do que o meu sonho de um dia poder dizer que magia é natural.
Acreditem ou não seu caro autor aqui acredita em "magia". No Tibet, monges meditam em temperaturas abaixo de zero ( muito abaixo de zero) vestindo pouco mais de uma tanga e colocando panos molhados em suas costas. O "natural" de ocorrer com qualquer um de nós seria a perda de calor, ipotermia e, mais rápido do que vocês pensam, a morte, mas não com esses monges. Pouco tempo depois o pano está seco e o monge ainda esta quente. Eles conseguem apenas com a própria energia e treinamento espiritual e físico não apenas resistir ao frio como também secar os panos apenas com seus corpos, sem fazer mais que rezar.
Esse é meu conceito de magia, usar sua energia para interferir com o mundo a sua volta.
O meu texto parte de um mundo exatamente como o seu, só que as tem mais energia do que as da nossa realidade. Sendo assim possível alguns integrantes do texto usar dela para moldar a realidade.
Eles não são omnipotentes e precisam de algum foco para concentrar a energia, como os encantamentos que eles falam.
Esse texto que escrevi foi apenas para explicar minhas ideias malucas e anunciar que o texto ira continuar.
Obrigado e espero que aproveitem.