terça-feira, 16 de novembro de 2010

Pensamentos

Não sei se alguém se interessa por meus mau escritos e confusos pensamentos. Mas acabei de ler dois contos e um quadrinho particularmente bem escritos, o que me inspirou.
O sono bate em mim enquanto minhas mãos permanecem a escrever. A mente quer falar, deixe ela falar, deixe a criança chorar, logo ela dorme.
Lembro-me que as coisas eram mais simples. Tanto ano passado quanto ontem. O que me faz cada vez mais me perguntar se os tempos estão mudando ou se eu estou enfraquecendo. Me lembro de uma conversa que tive com alguém próximo. Essa pessoa refletia sobre o por que de agirmos de determinados modos. Por que nos obrigamos a fazer coisas simplesmente diferente das que queremos. Por que o ser humano tem esse vazio dentro? Por que por mais que ele tente preenche-lo ele se vai? Isso são perguntas que todos fazem. O questionamento no qual cheguei é: Será que nós estamos tentando de fato?
Nós passamos a grande maioria do tempo nos limitando de fazer o que queremos. O motivo varia, as vezes não fazer-mos para não machucar o do lado, as vezes fazemos por medo dessa pessoa nos repreender, as vezes inventamos na hora um motivo que faça com que nós não façamos seja lá o que for.
É ai meu caro leitor que o pensamento fica interessante. Até aonde você se conhece? O que é você se não um punhado de vontades presas por uma mistura de moral e de falsa lógica que no fundo não se destingi em nada de nenhum dos seus proximos. Você é um merda! Não existe final feliz a sua espera! Nada te difere de ninguém! Você não nasceu para o seu emprego! Você não nasceu para a sua mulher! Você não nasceu para nada! Nunca te passou pela cabeça que era muito esquisito? "Você nasceu para ela", eles falavam, "Você nasceu para esse emprego", "Você não é assim", " Você pode fazer tudo" ... e no fim você acaba como todo mundo.
Pare por um instante e pense que ninguém é plenamente feliz. No fim todos nós temos esqueletos no armário, todos nós queríamos algo diferente, até algumas vezes algo horrível. E vivemos com isso que nós nos referimos como monstros presos em nossas gargantas esperando para sair. E eles nunca saem. Mulheres amam seus maridos e mais alguém, ou quem sabem nem amam mais alguém mas adorariam fazer um sexo gostoso com Ramon, o encanador espanhol bonitão. E para os homens que fizeram uma cara da repulsa à ideia, quantos de vocês nunca olharam para a bunda de uma mulher na rua. Não me digam que não se imaginaram transando com ela. Por que vocês estariam mentindo. A vida é maior do que vocês pensam? Não. Vocês são menores do que pensam e mais mortais. A vida está ai para ser vivida. Vivam-na.
-Nossa eu adoro piscicologia mas não da dinheiro. - MEU SACO! Se você não estudar isso quando você vai estudar.
- Ela é linda. Mas não vai me querer.
- Nossa que tesão, mas não... É errado. Ela ou Ele é do mesmo sexo que eu.
- Quero dançar até o chão com aquele moreno, mas meu namorado não gosta.
- Quero dançar até o chão com aquela loirinha, mas minha namorada não gosta.
- Quero dançar mas tem muita gente olhando.
- Quero beber mas beber faz mal.
A fase de ser criança já passou. Sei que ninguém que vai ler esse texto vai me entender mau. E sei que ninguém que vai ler esse texto é criança de mais para não saber se virar.
Claro que se você sair por ai transando com qualquer pessoa que tiver tesão você vai acabar sendo estuprada. Mas estou escrevendo isso para fazerem o que te deixa feliz, só se prender para a verdadeira lógica.
QUESTIONEM!!! Porque as pessoas me olham quando eu quebro o normal? Poxa eu devo estar errado? NÃO! Faça o que seu verdadeiro eu quer. Quebrem a moral do seu pensamento. No fim vai sobrar um novo, puro e pleno você. Mais maduro e feliz.
As vezes você é gay, as vezes você não é gay e só quer chamar atenção. As vezes você gosta de balé, as vezes você queria seu namorado do seu lado mas queria poder aproveitar sua sexualidade ao máximo, quem sabe ele também queira. As vezes você gosta de engenharia e não de direito como sua mãe achou. As vezes o Pais da maravilha era o certo e Alice só ficou com medo de mudar. Todos nós temos medo. Isso é natural, é apenas medo do novo, medo de mudar. Sitei Alice por que quando eu era criança esse filme me deu medo, muito medo. Imagine, acordar num mundo aonde você não conhece nada e aonde você não entende o que está acontecendo. Não só mudar é difícil internamente, mas externar isso é ainda mais dificil, por culpa de nós mesmos. Pensem bem, nós questionamos alguns preconceito mas somos cheios deles.
- Olha a roupa dele. ( A roupa é dele, não sua. Qual o problema?)
- Eu não tenho nada contra gays. Contanto que ele fique ali e eu aqui. ( E se a maioria de pessoas não gostasse de heteros aqui, como seria?)
- AAA que gay ele faz dança!
- A que gay ele usa pulcera! ( ele gosta, qual o problema e ainda que ele fosse gay, qual o problema?)
- *** é mó piranha pega qualquer um. ( Que ela queira... então qual o problema?)
Existem apenas dois limites: o outro, o que não gostaria que fizesse com você não faça com o outro.
E Você mas não confunda seu novo você com seu monstro interior. Ele é na verdade seu motivo para guarda-lo. Quero transar com aquela menina agora. Mas não quero estupra-la, lhe causaria dor, não gosto, não quero. Quero beber e ficar louco mas nesse lugar perigoso, a gente vai acabar se machucando. Não vou fazer.
Tentem por apenas uma semana, não usar o conceito de certo ou errado. Esses são muito questionáveis. E tentem também sempre que usar a palavra quero, ou não quero, se questionar se você de falto quer ou não quer.
Acho que meus pensamentos acabaram por aqui. Boa noite. A correção vem depois.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Happy Days Are Here Again

" Caso vocês caros leitores desconheçam a musica lhes digo por antecedencia: ela é bem gay. De pouco importa a musica, o que é de importância nesse post é o texto que essa musica me ajudou a pensar. Ainda não pensei nele todo, mas a ideia é mais ou menos a que se segue:"



Happy days

Lembro-me em detalhes dos meus amigos, fase por fase de seu, não melhor, de nosso amadurecimento. Gosto de chamar assim, é inquestionavel que algumas coisas não mudam e que todos nós regredimos em alguns aspectos, mas em termo geral nós amadurecemos. Mudamos de alguma forma para melhor em algumas coisas.
Essas lembranças permanecem frescas na minha cabeça quando eu paro para reflectir sobre a vida. Porem o que hoje me envolve quando eu começo a devanear é uma mistura bem peculiar de felicidade com tristeza, envolta em saudade e raiva. Isso me surpreendeu. Muito. Não sei se é só comigo, mas eu posso facilmente ser pego de surpresa pelos meus próprios sentimentos e isso não me agrada nem um pouco. Anyway, me perguntei até a pouco tempo o porque eu estaria nessa mistura tão peculiar de felicidade com tristeza e no que eu pensava quando esse sentimento me envolvia. Bom o fim do devaneio só feio a alguns segundos atrás quando estava escutando uma musica que diz basicamente o significado do seu titulo: Dias Felizes estão aqui de novo.
Eu sei que parece um pouco melancólico, principalmente se você parar para considerar a minha vida, acho que eu não tenho um dia triste a anos. Mas ainda sim, eu sinto falta de Tempos Felizes, com meus amigos, com minha namorada, com minha família. SIM! Eu sinto falta dos meus amigos, mesmo sendo uma pessoa cheia até o talo deles.
Não menosprezando aqueles que estão do meu lado, eu sinto falta dos que não estão. Seja por que estamos brigados, por que a amizade simplesmente não deu certo ou talvez porque estamos apenas um pouco afastados, não importa. Eu sinto falta de Tempos Felizes com eles. Conversar no play do prédio de um casal de irmãos amigos meus, apenas eu, minha namorada e eles, falar de RPG até tarde no sofá de uma portaria, beber uma cerveja esperando a única brisa fresca que só batia as cinco horas da tarde naquela casa infernal, conversar no banco da rua até a madrugada apenas porque lá era a metade do caminho, poder compartilhar de uma amizade intima que tinha com um certo alguém que ainda está perto, mas a amizade não pode ser ou não é mais tão intima. Essas coisas são apenas ilustrações, símbolos, de épocas que eram diferentes e que de alguma forma significaram muito para mim. Quando não era necessário não chamar alguém, quando não era necessário limitar alguma amizade para que essa pessoa aprenda a não depender de você. Quando simplesmente era menos gente e nós éramos mais unidos. Hoje existem as compensações, mas nunca deixo de pensar no quanto o ontem foi bom e quanto algumas fases de todos os dias serem bons dias poderiam voltar.
Sinto falta também de quando não precisava bancar a baba de ninguém da minha família, de quando era simples fazer minhas obrigações, porque eu sabia o que eu queria.
O que ocorreu é que a musica não só esclareceu do que eu sentia falta. Ela também me encheu de um estranho otimismo. Tudo vai melhorar, eu sinto isso. E logo os Tempos felizes vão voltar.
Amizades de afastam, mas voltam, famílias se consertam, problemas se resolvem e tempos não voltam, mas tempos tão felizes quanto, se não melhores, vem. E viram.

As homenagens desse post vão para principalmente: Valter, Kamylla, Ana B, Fernanda, Lasevitch, Matheus, Soma, Amanda, mas uma cacetada de gentes tipo: Juxy, Tata, Denis...

Tempos felizes viram. Espero te-los comigo de novo, se não... espero que vocês também tenham o tempos felizes.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Mais uma historia sobre magia... pt.5

Voltei da cozinha com uma garrafa de vodka. Gabriel permaneceu nela procurando algo... Eu achei que ele fosse pegar a vodka, mas quando perguntei ele falo que queria algo mais forte.
Quando cheguei na sala estava um silencio inquietante. Ju, Eliza e Renato não falavam, mal se mexiam. Todos pensavam em soluções, algumas coisas eram ditas em nossas mentes, mas nada em voz alta. Eu não aguento com silencio. Observei por tipo uns 0,001 segundos antes de gritar:
- CARA QUE SACO. NÃO TA TÃO RUIM ASSIM! QUE NERVOSO DESSE SILENCIO.
Todos me olharam com raiva. Eliza que já odeia quando eu grito por que tem ouvidos sensíveis, tampou os ouvidos com cara de dor, enquanto Renato em silencio andava até mim com uma cara de vem cá deixa eu te contar um segredo. Estendeu uma mão para frente atraindo minha curiosidade e com a outra veio por traz da minha cabeça para me dar um "pesco-tapa".
Pressentindo a ameaça, esquivei em cima da hora, mas não impediu ele de começar a me dar um esporro.
- ÔÔ animalzinho, se a gente vai planejar algo contra alguém, a gente não quer que ninguém escute, por isso estávamos falando tudo na "rede". Você precisava gritar? - Disse ele em minha mente.
- Ok...
Nesse momento Gabriel saiu da cozinha com um sorriso orgulhoso na cara. Carregando nada mais e nada menos que um galão de gasolina, aberto.
Todo mundo parou para observar tamanha idiotice.
- Me permitem? - perguntou Renato
Todos consentiram com a cabeça.
- QUE MERDA É ESSA?
Gabriel então aumentando a satisfação no olhar riu. Levou o galão a boca, tomou um gole grande. Limpou o que sobrou nos lábios na manga da camisa e disse:
- Algo mais forte!
O silencio tomou a casa. Dessa vez até eu estava em silencio.
- Você sabe que isso pode te matar . - Disse quebrando o silencio enquanto apontava sutilmente para a garrafa.
- Eu sei. Por isso treinei uma magia para não me matar. Desde quando virei mago pensei nisso. gasolina é mais forte e mais barato, a única desvantagem que era que ela matava se foi.
Silencio de novo. alguns minutos depois eu virei para todos e disse na rede:
- Então, o que faremos?
- Não sabemos ainda. - Eliza respondeu perplexa.
- Por que que vocês não estão falando? - Perguntou Gabriel em voz alta.
- Por que nós não precisamos CARALHO! Vocês não sabem ficar um minuto sem gritar! - Berrou Renato em nossas mentes.
- Era só avisar "monstro", não sabia que não podia falar perto do monstro!
Todos riram.
- Bom era óbvio que eles acham que nós temos algo que eles querem. Isso pode ser uma vantagem.- Disse Renato
- Bom, é ja entendi aonde você quer chegar, mas para darmos essa cartada precisamos primeiro descobrir o que diabos eles querem e por que estaria com a gente. - Falei iniciando uma discussão que durou horas.
Depois desse tempo confabulando, assistindo o Gabriel se intoxicar sem morrer, rindo e não chegando a conclusão nenhuma. Era nítido que eles eram melhores que nós. Ainda que não tenhamos usado tudo o que temos. Não poderíamos lutar abertamente com eles. O fato deles acharem que possuímos algo que eles querem poderia ser uma vantagem. Mas como iríamos descobrir o que era? Nós ficamos nesse impasse por horas até que:
- Aquela menina é mesmo abusada! - Disse Eliza irritada- Quando eu botar a mão naquela pirralha!
- É mesmo, ela acha que pode vencer todo mundo e brincar com a gente assim...
- Disse Ju compartilhando o seu ódio.
Houve um silencio de um segundo e todos ergueram a cabeça juntos.
- Podíamos pegar só ela! - Todos pensamos juntos. - É perfeito, alguém tão orgulhoso deve ser facil de se atrair e todos juntos certamente somos capazes de derrota-la.
- Essa pirralha não perde por esperar! Eu vou fazer ela falar tudo o que queremos! - Eliza completou queimando o seu ódio na mão.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Mais uma historia sobre magia...pt.4

As memorias da Ju eram diferentes... Mais bonitas e um pouco menos solidas. Ela estava saindo de casa e nós éramos ela.
Nós saímos e andamos em direção ao ponto de ónibus, não queríamos nos teletransportar pensavamos:
- Sou desastrada, vou acabar parando no lugar errado de novo.
Andávamos pela noite que estava muito bonita. Comprimentamos sutilmente a Lua, que brilhava imponente no céu e voltamos a cantar uma musica do Ramones. Nada que mais uma noite no caern não resolva, pensávamos enquanto viramos para o ultimo bloco antes do ponto de ónibus.
A rua estava estranhamente vazia, alguns carros, uma ou duas pessoas. Mas até para nossa cidade a rua estar tão vazia era meio assustador.
Do ar surgiu, vindo de uma nuvem negra perolada de energia, um gato. O gato, preto como a noite era o companheiro da Ju, ele foi feito por ela e vivia para servi-la.
- Boa noite senhora.
- Boa noite Jack - disse ela sorrindo para ele.
- Não queria estragar sua felicidade, mas estamos sendo seguidos. E os dois perseguidores parecem ser fortes.
- Como assim fortes? Tipo grandões?
- Não minha senhora, tipo magos como você.
Nessa hora os pensamentos que passaram pela mente dela foram surpreendentes pelo menos para mim.
Nós fechamos os olhos e uma confiança em nós mesmos cobriu nosso corpo. E tenho certeza que também senti uma fagulha de felicidade por poder entrar numa luta boa, sozinha.
- Tudo bem... Jack obrigada.
- Como assim tudo bem? não quer minha ajuda?
- Não, apenas avise aos outros que vou me atrasar.
- Sim senhora.
O gato se tornou um pouco mais solido do que era antes e correu em disparada. Assim que ele saiu um volto passou mais rápido que ele o seguindo.
Nós acompanhamos ele com o olho. O vulto era uma menina loira, correndo numa velocidade sobre humana atrás do Jack.
Num movimento rápido Ju juntou as mãos na frente do peito fazendo um símbolo e selo. Uma nuvem de energia negra perolada se formou em volta de seus tornozelos selando suas pernas juntas, levando ela a um tombo numa velocidade sobre humana. A nossa sensação quando isso aconteceu foi otima, mas não era hora de contar vitoria. A menina quebrou os selos apenas com a força das pernas olhou com ódio para trás e voltou a correr.
Quando nós olhamos para trás o outro perseguidor já estava a vista. Um homem vestindo uma camisa larga, feitas de um tecido beji e uma calsa jeans andava em nossa direção.
Nós rapidamente pegamos o vidro de água benta da nossa mochila e espirramos um pouco na nossa frente, fazendo um perímetro. A agua benta coberta pela nossa energia e intensificada bela bensão assim que tocou o chão se tornou uma nuvem negra. Estávamos nos sentindo bem, finalmente usei a agua sem ser em vão.
A nuvem se mexia vagarosamente fazendo um circulo a nossa volta. Estávamos protegidos. Ou a menos pensávamos isso. O perseguidor começou a avançar lentamente em nossa direção. Sem deixar barato nós passamos a mão no nosso broche do Motohead, sussurrar apenas algumas palavras já foi o suficiente. Da nuvem de energia saiu uma caveira de porco com chifres em investida contra o cara, acertando ele na mosca.
Ye! Pensamos, posso ganhar essa luta. Forte "uscaralho" forte sou eu! A alegria não durou muito. Assim que ao longe ele se levantou sentimos uma vibração muito mais forte do que temíamos.
Ele abriu a mão e um calor intenso tomos nosso corpo. Quase como se a energia dele estivesse nos envolvendo, nos prendendo. Aos poucos ela foi ficando renti a nosso corpo nos deixando imobilizado. A energia era intensa, quente, porem com pouquissima ressonância. Ela nos alcançou sem nós nem notarmos. Estava ficando cada vez mais difícil de respirar. Como uma cobra, a sua energia nos apertava conforme tentávamos sair. Ela já havia tomado todo o controle do nosso rosto, assim não podíamos gritar nem usar a maioria das magias.
Maldito, agora nem respirando mais estávamos. Um pouco antes de apagar escutamos:
- Peguei o gato, mas assim que você pegou ela ele sumiu. Você vai mata-la?
Silencio
- Deixa ela comigo, vamos botar um pouco de terror neles. Assim eles vão contar aonde está!
E apagamos.
Todos nós voltamos da memoria dela. Um pouco abalados. O silencio de novo tomou a sala.
- Vou precisar de mais que vodka. - Gabriel falou levantando e indo em direção a cozinha.
- Eu também. - falei e segui ele.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Droga, ainda estou nessa fase...

"Assim como o titulo diz, esse meu texto que deveria ser a continuação de um dos meus contos será mais um texto da fase de reflexões. O fato é que quando a vida real está interessante o fictício se torna chato e a inspiração para esses textos diminui. Sendo assim ai vai o próximo pensamento":


Saudade do som do violino. Por mais que fosse desafinado e um pouco sem ritmo o som que eu o fazia reproduzir me trazia uma satisfação rara, porem essencial. Esse som do meu treino se tornando uma musica, simples, aguda e limpa me dava uma satisfação que somente agora eu entendi. Estou a dias procurando a musica que eu quero escutar, mas nunca acho. Porque a musica que eu quero escutar é a musica do meu desafinado violino.
Talvez poucas pessoas tenham entendido que o violino, apesar de simbolizar no texto o meu violino também simboliza outras coisas. Coisas que um dia ajudaram a me definir que hoje eu não tenho mais...
Outra coisa que eu adorava era liderar, isso todos sabem e sabem exatamente aonde e quando. E essa sensação de ser ouvido e tomar a escolha certa, das pessoas te agradecendo depois de uma noite bem liderada e do peso e da responsabilidade de ter que liderar a todos não vão voltar. Talvez nunca tenham existido, porque vamos combinar eu mudei esse aspecto da minha personalidade o máximo que pude porque ninguém de fato me queria nessa posição do jeito que eu estava e a historia de me agradecerem depois da noite talvez nunca tenha acontecido. Mas eram coisas que eu tomava para mim. Que para mim me definiam e que agora não mas. Ta esse texto não é para abrir a discussão de se é saudável ou não você se basear em caracteristicas boas ou ruins para se sentir melhor. A questão é que sendo isso bom ou ruim quando você perde essas caracteristicas você fica sem chão. E agora que eu reparei que por ter "evoluído" eu não tenho quase nenhuma delas. Eu ainda sou, modesta parte, um amigo decente, coisa que sempre me orgulhei. Porem, alem disso não existe nada...
A sensação que isso causa é desconfortante, por mais que eu saiba exatamente quem sou, eu preciso dessas coisinhas fixas para provar para os outros quem eu sou, ou para mim mesmo. Eu sei lá... mas é mais ou menos assim que eu estou me sentindo... Saudades do meu violino, da minha amizade com um certo amigo loiro, saudades de estudar, saudades de...saudades de.... a sei lá, mas eu sinto.


Acho que esse não é o fim dessa crise de pensamentos no blog. Mas se conforta vocês ai vai a lista de texto que eu vou preparar durante a crise:

Sussurros Acorrentados (do 6 ao 8)
Labirinto de plantas pt.2
Mais uma historia sobre magia...
Luiza pt.2 (esse nem comecei mas espero que saia)

domingo, 19 de setembro de 2010

Uma palhinha sobre amor

Uma nova sensação que deve ser escrita, esse post só vai ter umas 4 linhas.. mas espero que diga a que veio.

Amor ou um relacionamento é mais sobre confiança ( seja ela auto confiança ou confiança no parceiro), do que sobre qualquer outra coisa que vocês possam vir a pensar. Hoje eu estou me sentindo como me senti antes, estou na situação de um namoro que só pode ser descrita usando de ilustração aquele joguinho de confiança. O problema é que apesar de ser normal essa sensação está durando muito tempo e eu não sei o quanto tempo eu posso aguentar.
Se tratando da ilustração... Imaginem esse joguinho, você está de costas para o seu amigo ou no caso para sua namorada. Você confia nela e se solta. Dia por dia você cai lentamente. Normalmente ela está lá e te segura. Mas o que você faz se ela não te segura...
Você espera... Dia após dia...Esperando que amanha ela te pegue e dia após dia você começa a reparar que dessa vez talvez ela não te pegue. Dessa vez talvez ela esteja muito ocupada com algo dela ou com as criticas que ela tem de você. E uma hora você vai ter que parar seu corpo com o pé. E olhar em volta, talvez ela não esteja nem perto. O que você faz se isso acontecer, você não tem o que fazer.... pelo menos sinto que eu não teria. Por isso continuo caindo, esperando que ela me pegue sem que eu precise ver que ela não está lá. Eu espero que ela esteja lá, que ela veja.


Cara... eu espero que ela me segure...

É tudo o que eu tenho a dizer sobre isso....

( Gostaria que ninguém perguntasse o que aconteceu.... esse texto é para me abrir e mandar uma mensagem, não para fazer drama e para chamar atenção. Obrigado)

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O mar

"Chega um pouco de contos. Eles dizendo ou não pelo que eu estou passando. Lá vai para vocês uns pensamentos meus sobre pequenas situações da vida."





Tive a ideia de escrever devido a sensação que está em mim essa semana. O pensamento que melhor ilustra ela é a ideia de estar perto de um pequeno penhasco, que da direto para o mar agitado. Eu a pouco tempo atrás estava de costas para a queda, para o mar. Eu estava fazendo pequenos movimentos e tendo pequenas conversas para que não acontecesse o que eu sentia que ia acontecer ou o que eu queria que acontecesse.
Bom, no fim o que importa é que os pequenos passos para a frente não me impediram de cair de costas e eu já contava com isso. A queda foi a sensação de veio depois disso. Vocês sabem muito bem qual a sensação de cair. Você fica atordoado e quando vê o chão, ou nesse caso a agua, já chegou em você. Tirando a metáfora, eu estava com a sensação, não, eu estava com a certeza que algo grande viria em direção ao meu rosto, por que segundos antes eu estava com a sensação de ter perdido o chão.
O que nos leva, meu leitor, a sensação que estou hoje. Sempre odeie essa sensação, mas alguém muito forte e muito sábio me ensinou a tirar o máximo proveito dela, hoje eu acho essa sensação excitante.
Eu estou no mar, sendo jogado de um lado para o outro pelas ondas. Eu odiava me sentir assim. O frio na barriga de não saber aonde vai parar, a vontade incessante de querer controlar tudo o que está acontecendo a sua volta. O medo de sair da agua muito pior do que quando você entrou.
O porque deu gostar dessa sensação? Eu explico. Eu sempre fui controlador e calculista com tudo o que ocorria a minha volta, isso varias vezes me impediu de passar por varias mudanças que poderiam ter me ajudado. a grande verdade é que sempre tinha mais medo do mar do que da queda. Eu evitava a queda para não ir para o mar.
Muito metafórico? Ok... vamos lá... a muito via uma mudança chegando, uma mudança que poderia dar tão certo quanto algo pode dar e que poderia dar tão errado que acabaria com muitas das coisas que eu preso boas. Essa mudança veio como uma maré alta e bateu no penhasco com força. Eu tentei controlar sua chegada, fazer a mudança chegar aos poucos, mas foi inútil. Ela veio e ficou me chamando, sussurrando meu nome, batendo contra as pedras com força, apenas para mostrar seu potencial e sua força.
Ela sempre disse para eu deixar as coisas rolarem e até agora ela ainda não errou. Ela sabe o quão emocionante a sensação de ser jogado de um lado para o outro pode ser se você não tenta se debater e se estabilizar. É como estou agora, o frio na barriga está sempre lá antes de ir dormir. -Aonde tudo isso vai me levar?.
Eu me pergunto enquanto fecho os meus olhos.
-Espero que o final seja bom.
Ou como sei que ela também diria:
-"Espero que o final seja bom, ou pelo menos que a viagem valha a pena."
Todos sempre dizem a expressão: Construir uma vida. Como se a vida fosse feita apenas das coisas solidas. Acho que existe muito mais vida em momentos como esses. (Me sinto vivo como raramente me senti). Você pode construir sua vida, como uma barraca na praia. É bom, quando você sai do mar agitado a sensação de segurança que a terra te dá. É esplêndida. É como pegar fôlego. Por isso hoje eu digo aos que tentam "construir" suas vidas em terra firme: não se esqueçam de ir para a agua de vez em quando, nunca se sabe aonde ela pode te levar.


"Hoje eu to curtindo esse medo, mas amanha eu vou querer que ele passe logo."

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Mais uma historia sobre magia...pt. 3

Estávamos lá, Eu, Eliza, Renato e Gabriel. Esperávamos a ultima do nosso grupo chegar. Todos devidamente "armados" para uma caçada magica. Alguém havia sugerido uma investida diferente, poderíamos encontra-los e observa-los, antes de enfrenta-los. Todos concordaram, normalmente as opiniões racionais eram as mais certas. Todos estavam com medo. Nunca havíamos enfrentado um inimigo tão forte e incomum. Magos pelo amor de Deus. Magos como nós, fortes como nós. Nós sabemos que existiam outros, na nossa cidade existem, mas ninguém que poderia ter uma ressonância tão forte como a nossa.
O medo cobria nosso peito, a ansiedade fazia nossas mão transpirarem e Juliana parecia não chegar nunca.
A casa era protegida magicamente, sendo assim apenas nós poderíamos entrar nela. De dentro dessa proteção magica ninguém conseguia sentir as vibrações externas, então saímos, para tentar sentir o porque Juliana demorava tanto.
Saímos da casa, a ladeira íngreme que dava para a casa estava vazia. Normalmente está, e não escutávamos os pensamentos da Ju em lugar algum. Nossa preocupação ia aumentando cada segundo, será que ela havia sido capturada?
O silencio se fez por alguns minutos. A respiração de cada um foi ficado mais forte conforme nossas suspeitas se tornavam realidade. Se ela estivesse a caminho nós conseguiríamos senti-la ou ao menos contacta-la. gritávamos em nossas mentes para que ela escutasse, mas nenhuma resposta vinha.
- Eles a pegaram. - Disse Gabriel. - Eu vou quebrar os ossos deles um a um se fizerem algum mal a ela.
- Todos nós vamos, mas agora é hora de pensar não de se irritar. - falei.
- Quem poderia ter feito isso, assim, com essa facilidade, sem que ela pedisse por socorro?- Completou Renato falando o que todos nós estávamos pensando.
Eliza permanecia quieta, como se algo estivesse a incomodando. Eu achava que devia ser o fato de Ju estar sumida, uma vez que presamos muito um pelos outros e que elas eram muito próximas.
Uma risada veio no ar e o cheiro de peixe tomou a rua. Uma vibração elétrica cortou a realidade no fim da rua, a uns dois metros do chão, do portal nublado que se abriu caiu alguém. E a risada feminina irritante se intensificou.
- Ju! - Eliza gritou enquanto nós descemos a rua em sua direção.
Apenas Renato permaneceu imóvel, procurando fixamente quem havia deixado ela lá.
Descemos a rua em disparada e a risada continuava no ar, como se alguém tivesse se divertindo muito ao ver nossa preocupação. Renato logo achou o que procurava.
- É uma armadilha!
Eu e Gabriel assim que ouvimos paramos de correr. Gabriel juntou suas mãe e sussurrou um encantamento que de tanto ele usar até eu sabia de côr. Enquanto ele recitava seus olhos mudaram de cor para um vermelho alaranjado, agora ele podia ver quase tudo que se esconde atrás desse plano e sua cara de preucopado já fez eu entender tudo.
- Amor CUIDADO! - Gritei para Eliza mas já era tarde de mais.
Eliza estava a poucos metros da Ju quando tropeçou no nada e caiu atravessando o chão.
- Maldita.
Gabriel e Renato se olharam, eles sabiam que eu não iria aguentar ver Eliza se machucar. Em um instante a risada havia parado. Ju ainda estava na nossa frente caída, mas não havia mais sinal da Eliza.
- AMOOOORRRRR!!!! MERDAAA, RENATO GABRIEL ACHEM ELA AGORA! - Gritei dando uma ordem direta, não que eles sejam meus subordinados ou que aceitem numa boa receber ordens de mim, mas naquela hora, naquela situação, não havia por que discutir.
Renato logo entrou no mundo de baixo á procura dela. Gabriel ativou todos os sentidos mágicos que pode.
- Nada. - Disse Renato saindo do chão. - Gabriel, alguma coisa?
-Sim, um rastro magico, mas nada muito intenso. Ele se bifurca de mais, se formos atrás dela nos separaremos, acho que é isso que eles querem.
- Eu to bem! - Escutamos todos em nossas mentes. - Eu vou MATA-LA, mas estou bem. Eu ainda to na cidade, mas quero mata-la sozinha.
- Amor não é hora de ficar irritada, fala aonde você está.
- NÃO ME FALA PARA NÃO FICAR IRRITADA! ODEIO QUANDO VOCÊ FAZ ISSO! Eu to bem! Volto com a cabeça dela jaja. Você tem que ficar ai para cuidar da Ju. Cuida bem dela amor. Cabio desligo.
- Amor! Deixa de ser escrota! AMOR?
- Ela ta bem velho. - Falo Gabriel botando a mão no meu ombro.
- E ela tem razão. Só você sabe curar. - Falo Renato saindo da terra.
- Vamos levar ela lá para dentro. - Gabriel termino.
Engoli a seco e respondi: " Ok"
Entramos no caern. Peguei um dos crucifixos que está sempre no meu bolso. Por conhecidencia foi exatamente o que ela me deu. Botei ele logo a cima de sua testa, quase encostando e comecei a recitar meu encantamento. Os outros molharam as mãos e passaram pelas extremidades de seu corpo, ajuda na circulação da minha energia. Pouco a pouco ela foi ficando bem. Seu ferimentos pareciam físicos, como chutes e socos. Sua camisa branca e sua saia preta estavam bem sujas um pouco rasgadas. Essas eu não pude curar, mas seus ferimentos aos poucos foram sumindo, conforme eu passava o crucifixo por toda a estenção de seu corpo.
Sua respiração se intensificou e ela aos poucos abriu os olhos.
- Oi Ju. - Falei com um leve sorriso no rosto.
- Droga, eu perdi . Cadê ela? - Falou botando a mão no rosto
- Lutando com Eliza.
- E por que vocês tão aqui? - Disse aumentando o tom de voz e tentando levantar. - Esquece eu a Eliza ta lutando cara.
- Você tem que descansar e Eliza pediu para a gente não intervir.
- A gente nem sabe aonde ela tá. - Renato completou.
- Então vocês só vão ficar aqui esperando?!
- É. Não fale como se eu não me importasse. - Falei olhando em seus olhos. Ela intendeu.
- Desculpa. Mas ela é bem forte.
- O que ela faz? - Perguntou Renato.
- Ela é rápida e forte. Bem forte.
Antes que ela fosse mostrar suas memoria escutamos em nossas mentes uma única palavra. "Merda". Num instante o cheiro de peixe e a risada voltaram, estava vindo de fora do caern, como estávamos dentro não conseguíamos sentir a ressonância, mas sabíamos que estava lá.
Corremos para fora. Um portal assim como o outro se abriu jogando a Eliza para fora dele.
O fogo de Eliza cobria seu corpo e ela gritava de odio.
- NÃO VAI ME MATAR! ME ATINJA SUA MEDROSA! VOCÊ NÃO VAI ME ESNOBAR DESSE JEITO!
A risada continuava alta e estérica, só parou para falar as seguintes palavras que devem ter doído na Eliza, mais do que doeria em qualquer um de nós. " Você não vale apenas, não vou nem sujar minhas mãos com uma pati que acha que sabe brigar."
Cara... Você não fala isso para Eliza. Num estante seu fogo tomou os arredores. Se eu não tivesse feito a barreira na hora exata, até nós teríamos nos feridos. Mas não fez diferença, era apenas uma voz no ar. Eliza continuava a atacar bolas e rachadas de fogo no ar tentado achar sua oponente, enquanto xingava ela com todo o seu ódio. Mas ela já havia partido.
- AMOR! Calma!
Ela não ouvia. Seus olhos estavam cobertos de ódio e ela continuava a atacar e cuspir fogo pela boca.
- Liz ELA FOI! - Ju gritou e ainda sim nada.
Apenas quando sua magia se gastou e seu corpo se cansou que ela começou a parar.
- MALDITA PUTINHA DE MERDA!
- Amor, calma. A gente pega ela.
- Isso não teve objetivo, por que ela não nos atingiu? Por que não nos atacou? Quem é ela?- Reclamava Ju.
Gabriel permaneceu pensativo enquanto Renato não se segurou e soltou uma leve risada.
Os olhos da Eliza arderam e enquanto olharam para Renato.
- ACHOU ENGRAÇADO? - Falou tentando tacar fogo nele, mas não tinha energia.
Renato olhou para ela com uma cara de criança que faz merda e falou baixinho e prendendo o riso: " desculpa...rs.."
- Calma amor, vamos entra. A gente precisa intender o que aconteceu.
- Eu não vou mostrar nada pra vocês!
- Ta... só conta. - falei
- Deixa de ser infantil Eliza, a gente precisa ver. - Falou Gabriel
- Nem começa. Não to com cabeça para te ouvir não! - falou ela apontando para Gabriel como uma ameaça.
Ele ficou quieto, não era tempo para brigar. Entramos no Caern, havia muito a ser visto.


" Gente esse texto faz a ponte do primeiro com o segundo, caso vocês não tenham entendido. E to atrasado para sair com o cachorro da amanda. Não deu para corrigir. corrijo jaja."

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Sussurros Acorrentados pt.5


Sempre adorei o sol, principalmente quando eu era criança. Depois, conforme a adolescencia foi chegando não pude mais aprecia-lo tão bem, não que eu gostasse menos dele, é que bebendo até 6 da manha era difícil acordar para aproveitar o dia e na ressaca o sol forte da tarde dava a sensação de que eu estava morrendo no deserto.
Não consegui dormir. Por isso estou aproveitando a manha na praia. O sol fraco da manha toca meu rosto me como um carinho. O leve calor que ele traz da uma sensação de aconchego e o vento da praia equilibra tudo perfeitamente.
Sempre tive presa no peito uma sensação de solidão que por melhor que eu descrevesse, ninguém mais conseguia entender. Essa praia me lembra momentos em que eu quase supri essa sensação. Era aqui que eu conversava com minha namorada no começo de tudo. Era aqui também que eu passava horas com uma de minhas melhores amigas. Era aqui que eu bebia a noite com meus amigos.
- Por que agora eu me sinto tão sozinho?
- Ninguém foi a lugar nenhum e ainda sim eu sinto como se todos tivessem ido embora. O que eu tenho que fazer para suprir essa sensação de uma vez por todas?
O vento soprou forte, como se quisesse me levar. As vezes eu queria que ele me levasse. Ao longe uma nuvem se aproximava, grande e cinza iria tornar minha tarde fria e chuvosa.
- Droga! Quando será que eles vão voltar e me perdoar pelo que me tornei? Quando ela vai voltar e me perdoar por ter sido fraco?
Preciso ir para casa. Por alguma razão senti que apenas aquelas aparições poderiam me distrair da saudade e da solidão que me rodeava.
Sai da praia e entrei na minha rua. O vento me seguiu forte, me empurrando, me fazendo ir cada vez mais depressa.
Cheguei em casa logo e de alguma forma já sabia o que fazer para vê-los. Primeiro tomei um banho. Também sempre gostei de tomar banho a tarde, sair do banho gelado e ver o dia claro me deixava limpo por fora e por dentro. Corri até a janela, conseguia ver a chuva que estava por vir e sentir o vento entrando e castigando o interior da minha casa, mudando as coisas de lugar. A chuva estava quase chegando. É inverno, mas a chuva que está vindo parece tempestade de verão. Antes da chuva cair lembrei por um instante que inverno é época de morango. Não me apeguei a esse pensamento pôs logo a chuva caiu. Começou fraca mas em segundos se tornou uma tempestade como eu previ.
Meu pai costumava ficar nessa janela pensando, ele fazia exatamente isso. Ficava aqui vendo a chuva cair ou somente olhando a noite, ascendia um cigarro e sem falar nada passava horas aqui. De alguma forma resolvia os problemas dele. Talvez resolvesse os meus. Eu não fumo e fumar não foi necessário. Assim que o temporal começou pude sentir uma presença vindo.
A meu lado um menino apareceu, seu rosto refletia a ingenuidade uma criança ele tinha um brilho familiar no olhar. Ele estava sentado no encosto do sofá extamente aonde eu ficava quando assistia meu pai olhar o céu. Ele olhou para mim e falou.
- Eu adoro quando o dia está bonito assim.
Ele também usava grilhões e correntes, mas dessa vez a corrente não ia para nenhum canto escuro, por isso pensei em segui-las com os olhos para ver aonde elas iriam dar.
Enquanto isso respondi ao menino:
- Quando chove assim, eu me sinto em paz. Com você acontece o mesmo?
As correntes desciam de seu pulso e iam em direção ao chão. Enquanto seguia senti uma outra presença que me distraiu.
-Não, nada me deixa em paz. - Essa frase veio de traz de mim, quando olhei vi ao longe o garoto que fica atrás de grades sorrindo como se sentisse prazer em me ver com medo.
O outro garoto olho para traz assim como eu.
- Por que você é o único que fica atrás de grades? - perguntei tentando olhar em seus olhos para não demonstrar medo.
- Por que sou o mais temido. O resto de nós são só um bando de frouxos.
O outro garoto não me pareceu ofendido.
- Pare de bobagens, ele está aqui para vê-la. Todos nós sabemos disso. - disse o garoto da grade.
- Ver quem? - perguntei
- A menina de branco. Nós achamos que ao ficar perto dela você se sentiu tão bem que talvez tenha ficado viciado. Nós nos viciamos. - disse o menino da janela olhando meio para baixo.
- É! Ela é ótima - disse o menino da grade, lambendo seus beiços e seus dentes cerrilhandos.
- Sim ela me fez me sentir muito bem. Mas não é ela que eu quero. Eu só quero respostas. Como, por que vocês aparecem? Quem são vocês?
- Então pergunte! Mas não podemos responder todas as perguntas, apenas as que você estiver próximo de descobrir a resposta.- falou o menino da janela, ansioso como uma criança.
- Porque vocês estão presos?
- Porque não nos querem soltos. - disse o menino da janela
- Nem mesmo você? - perguntei para ele de volta.
- Nem mesmo eu.
- Acho que ele está começando a sacar. Vamos lá. Faça as perguntas certas! Tire-nos daqui! - Falou o garoto da grade.
- Quem não quer vocês soltos?
- Só quem consegue nos ver? - Perguntou o menino da janela
- Eu?
- Você! - Gritou o menino da grade
As correntes começaram a se mexer, como se alguém do outro lado delas estivesse as mexendo.
- Vamos garoto! - Gritou o menino da grade.
- Quem ou o que prende vocês?!
- Essa é a pergunta certa. Pensaremos juntos, quem não nos quer solto mesmo? - Falou o jovem da primeira aparição enquanto saia da parede com um andar elegante.
- Eu.
- Então quem nos prende? - Falou baixo o menino da janela.
- Eu?
- Exato!
- Mas, o que são vocês?
O silencio se fez no cómodo.
-Esse você deve responder sozinho.
Quem são eles....pensa...pensa...quando eles aparecem, o que eles fazem...sobre que situação e o que eles falam para mim...
- Não é muito difícil não é mesmo...- Disso o garoto da grade com um sorriso escroto no rosto.
- Vocês são parte de mim.
Todos concordaram com a cabeça.
- Mas por que eu quero parte de mim presa?
A chuva parou diminuiu e um vento soprou forte, num estante eu estava sozinho de novo na sala. e foi assim que acabou a minha tarde. Sozinho na sala, vendo a chuva cair, ainda sentindo falta de algo. Ainda sem saber do que.





" Nanda! Ta ai o quinto sussurro a seu pedido. Brigadããão pelo desenho vai estar comigo sempre. Espero que você goste do texto e entenda a mudança que fiz nele. Beijão."

Sussurros Acorrentados - Texto Lucas Legey e Desenho Nanda Toro.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Mais uma historia sobre magia... pt.2

Ela corria, irritada. Muito irritada. Suas mãos produziam um fogo lilas de aparência memorável. Seu rosto refletia o ódio que sentia e seu cérebro produzia um xingamento diferente a cada vez que arremessava uma bola de fogo.
- Vadia! - Gritava Eliza arremessando uma bola de fogo em direção a sua rival.
Assim que a bola de fogo ia acertar suas costas ela rapidamente se abaixa deixando o fogo passar por cima e explodir uma lixeira próxima.
- Erroo! - Disse a menina sorrindo e dando uma estrela para o lado e para a frente, depois voltou a correr.
- Volta aqui e me encara como uma MULHER! Criancinha infernal! - Falava Eliza e atacava sempre a errar e sempre a persegui-la.
Seu fogo enfraquecia e sua raiva se tornava pouco a pouco cansaço. O calor de suas veias foi se tornando necessidade de descanso enquanto ela persistia no ataque.
- Nunca vai me pegar sua pati mal arrumada! - falou a menina ao notar seu cansaço. - Quer uma aula de magia elemental, por que sua mira não está nada, nada boa. E esse foguinho de pati não vai nem doer se me acertar!
- PATI?! - Seus olhos ficaram lilases e seu corpo coberto do mesmo fogo. - Você ME CHAMO DE PATI? DUAS VEZES?
O ambiente ao redor de Eliza tremulava com o calor. Sua raiva reforçou a magia de seu corpo e agora estava a emanando por cada poro.
A menina loira ( PERAEEEEEEE!!!!! MENINA LOIRA É A MÃE! MEU NOME É ANA!....Ta bom, agora procederei a historia, um pouco mais assustado depois disso.) .
O ambiente em volta de Ana também se tornava mais quente, quente de mais.
Num flash Eliza abriu os braços e tudo em volta delas se consumiu em uma explosão.
O fogo consumia tudo de inflamável da rua, as paredes estavam chamuscadas e se tivesse alguém perto dessa região abandonada da cidade certamente Eliza teria problemas com o Caern. Ela caiu de joelhos, havia queimado toda sua magia com um ultimo golpe.
- Agora aquela putinha deve ter aprendido uma lição. - pensava tentando se levantar.
Olhou para frente esperando ver alguma movimentação. Yes! pensou, ganhei, nunca mais vou ter que ouvir a voz dela.
O som de raios e um cheiro putrito de peixe tomou o local. Será mesmo? Ela pensou. Mau havia conhecido a menina e já reconhecia a ressonância dela o suficiente para ter certeza. Sim, ela estava viva. E fazendo um encantamento. Seus olhos se arregalaram e numa descarga de adrenalina ela olhou para traz. Ali estava ela, flutuando no ar de ponta a cabeça. Extamente no ponto cego de Eliza, levemente chamuscada, com seu cetro apontado bem para ela.
- Boa tentativa iniciante.
Não havia tempo nem magia para uma reação. Uma lágrima escorreu pelo o rosto de Eliza enquanto seu ultimo pensamento antes do feitiço foi. Merda!.
A ressonancia eletrica e o horrivel cheiro de peixe tomou o lugar.

domingo, 8 de agosto de 2010

Luiza...

" Não me lembro da ultima vez que escrevi um texto que não falasse sobre mim. Esse texto será pouco sobre mim, e pela primeira vez o personagem principal é 99% fictivcio e 1% outras pessoas. Espero que aproveitem."

Já matei antes, mas dessa vez ele estava olhando para mim. Não sei se deveria te-lo matado, nem conhecia ele, mas ele mereceu. Não! Você ta fazendo de novo, está tentando me justificar. Não é verdade! Ele não mereceu! Mas mesmo assim, eu o matei. E ele só tinha 20 anos.
Limpei a arma, não havia muito tempo. Joguei a arma no chão e sai.
Maldito emprego! Não aguento mais! Quando chegar no quartel vou me demitir. Já chega!
Sai da sala escura que estava. Como ela se encontrava perto da saida dos fundos da festa aproveitei para sair dela. Não iria demorar para que achassem o corpo. Entrei no meu carro e sai acelerando o maximo possivel.
As cinco da manha não costuma ter muita policia, por isso dirijo o mais rapido possivel, sem medo de ser parada. Sou sem duvida a unica mulher nessa cidade quem consegue botar 120Km/h num 1.0 em ruas pequenas e se nenhuma outra mulher consegue nenhum homem à de conseguir.
Vou quase em linha reta para o Q.G. não tenho tempo para despistar ninguém e nessa velocidade não deve ter ninguem para dispistar.
O olhar dele ainda não saiu da minha cabeça. O que tinha naquele olhar que me faz estar tão culpada? O que tem de errado comigo que depois de 5 anos de trabalho eu comecei a ter remorcio?
Freio quando chego a um hangar abandonado, as batidas certas na porta e ela se abre.
Hugo abre a porta, nunca entendo porque sempre ele que vem abrir a porta.
Entro com meu Gol cinza no hangar.
Hugo sorri ao me ver. Ele sempre sorri ao me ver.
- Mais uma missão concluida com louvor? - ele pergunta abrindo a porta do meu carro, como um cavalheiro. Ele é um fofo.
- Claro - falo tentando não demostrar meu remorcio.
- O que houve? - como sempre ele me lê, sempre me lêu muito bem.
- Nada! Só cansada. - falo jogando o chave do gol na mão dele.
- E como o nosso garoto andou?
- Otimo, a injeção de ar serviu como uma luva.
- Não te disse Lu, sei o que é bom pro nosso bebe. - falou batendo no capo.
- É.
- Ei. - falou mudando a intonação de voz e falando bem mais baixo do que constuma. - Se quizer conversar, sabe que pode me chamar né.
- Sei, brigada. - falo fingindo um sorriso e vou para o meu quarto.
Assim que subo as escadas vejo a Bel no corredor, deve ter me escutado chegar. Ela estava de camisola, devo ter acordado ela. Nossa ela estava linda de camisola. Não achei que poderia achar alguem do mesmo sexo que eu tão linda, mas isso deve ser normal.
- Oi, como foi? - falou ela na sua voz calma, quase sussurrante.
- Bem, como você foi?
- Normal, nada de mais, não precisei matar ninguem nem nada.
Ela falou em quanto apoiava um ombro na parede, deixando a silueta da sua cintura cada vez mais bonita, a camisola deslisava pelas suas linhas e caia leve em suas coxas. Seus braços se abraçavam para se proteger do frio de uma forma sexy que só ela conseguia. Logo me toquei que não respondi ao que ela falo e que estava devaneando.
- Oi? - falei com vergonha por não me lembrar o que ela tinha falado. - Perguntou alguma coisa?
- Não, só estava falando que deve ser dificil matar alguem quase todo mês. Não sei como você consegue.
- A! Com o tempo se acostuma. - Falei indo para o meu quarto.
- Tá tudo bem? Você nem me comprimentou...
- Está sim. - falei voltando e dando um abraço nela. - Só preciso dormir.
Ela sorrio me deu um beijo na bochexa me desejando boa noite baixo no ouvido.
Não queria estender a conversa. Não com os pensamentos que estavam na minha cabeça. Não quero parecer mal para ela. Ela me adimira e quero que continue assim.
No meu quarto, já de pijama e já na cama comecei a me lembrar do garoto que matei. Droga, eu não me lembrava de como tinha chegado no quarto escuro. Só me lembro de saber que ele era meu alvo, no momento e que o vi.
Se mal me lembro de hoje, porque esse muleque me atormenta tanto?
Aos poucos o sono vem, amanha será um dia melhor.



" Gente to com muito sono para corrigir. Amanha eu corrijo."

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Anjos

"Esse texto mais uma prova concreta que seu humilde escritor é maluco. Não terá parte um ou dois. é só ele. Uma pequena confissão para meus leitores que vai explicar minha imagem no perfil"

Quando eu era criança achava que eu era um anjo.
Chorava no banho, de braços abertos, com a água caindo no meu rosto. Eu chorava e me perguntava o porque o mundo não podia ser bom, por que o mundo não podia ser tão bom quanto eu.
Eu chorava e rezava como se Deus viesse de dentro do meu peito para que o mundo fosse um lugar melhor, para que as pessoas ficassem felizes, tão felizes quanto eu.
Eu ainda faço isso, mas agora eu choro e rezo pedindo força, me perguntando porque é tão difícil ser bom, porque é tão difícil tomar as decisões certas, por que a gente vive com o mau na cabeça e com o bem entalado na garganta.
Quando eu era criança achava que eu era um anjo, que poderia curar e salvar qualquer pessoa, simplesmente com um beijo e uma prese.
Eu chorava enquanto as lágrimas se confundiam com a água do chuveiro pedindo a Deus que ele me abençoasse, liberasse minhas asas e me desse a força para cuidar de todos.
Ainda faço isso, peço essa força a anos mas essa força veio pouco, veio mais a decepção por não ter conseguido cuidar de quem eu presava, a decepção de não ter conseguido curar alguém querido.
Quando eu era criança achava que eu era um anjo, um anjo que poderia salvar a todos.
Hoje eu acho que esse anjo ainda ta dentro de mim, mas ele não consegue nem mesmo me salvar.
Deus, como eu queria ele ainda tivesse aquela força. Deus, como eu queria que nesse mundo fosse fácil ser bom. Deus, como eu queria não ser tão humano.
Deus, como eu queria ser um anjo.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Mais uma historia sobre magia pt.1

" A todos, esse é o texto que deveria entrar e substituir o sussurros por um tempo, mas como umas pessoas me convenceram a continuar com o sussurros o texto que vai dar uma parada vai ser escolha de vocês, no fim desse post comentem qual texto vocês preferem que pare: esse, o sussurros ou o labirinto de plantas. Espero que gostem e ai vai!"

Estava nas ruas correndo a uma velocidade sobre humana, estavam me perseguindo por um motivo que nem me lembro. Corri em direção a um prédio, saltei a sua fachada e aterrisei em sua paredece voltei a correr, dessa vez em direção ao alto do prédio. Eu ia conseguir fugir, esse otários nunca iam conseguir fazer isso.
Ao chegar no topo corri e saltei para outro prédio. Num susto enquanto ainda estava no ar esbarro em alguém, perco o controle e caiu no chão que está quinze andares a baixo. Quando vejo o chão se aproximando sinto um frio crescente na barriga e assim que o chão está prestes a me tocar eu acordo.
Droga, odeio oneromancia. Levanto e ando até a cozinha, ponho um como de café, pingo um pouco de whisky nele e me sento. Depois de uma três goladas pego o meu celular e ligo para Renato.
- Porra, já falei para não entrar nos meus sonhos a não ser que seja uma emergência.
- Haha, você só sonha bobagens, além do mais você não atendia o celular. - Disse ele com um tom de sarcasmo que apenas ele tem.
- O que você quer?
- Precisamos conversar, talvez seja serio.
- Ok, aparece aqui.
Desligo o celular e vou botar uma roupa. Renato não é o tipo de pessoa que sai da cama as altas da madrugada, deve ser serio mesmo o assunto. Assim que acabo de me vestir começo a escutar um ruído esganiçado correndo pelas paredes da minha casa, indo em direção ao banheiro dos fundos, um ruído meio eletrico. As luzes da meu apartamento se enfraqueciam e piscavam em quanto eu andava em direção ao banheiro. Havia uma sombra se concentrando no interior do banheiro, aonde também se concentravam os ruídos. Fazendo uma analise parecia que toda a energia do ambiente estava sendo voltada para aquele ponto, até alcançar o ponto que a realidade dobraria ali.
TIN! Um ruído metálico alto foi lançado para fora do banheiro enquanto uma ressonância gélida tomava conta da área dos fundos. Um jovem pequeno de aparência única saiu do banheiro limpando algumas particular que ficaram em seu blazer de brecho.
- MEU GAROTO! - Falou em voz alta levantando os braços calorosamente para um abraço.
- Renato! - Respondi o abraçando.
- Sim eu aceito whisky. - Disse ele sentando na mesa e pegando um copo.
- Eu não ia te oferecer. - Disse me sentando também.
- Eu sei. - Falou com um sorriso que eu só poderia definir como o de um coiote debochando de alguém perdido no deserto. E sim, era especifico a esse ponto. Ele colocou whisky no copo e pingou um pouco de café.
- Tinha necessidade de usar teletransporte?
Sua feição mudou, ele ficou serio e balançou a cabeça fazendo que "sim".
O Renato odeio teletransporte e não é muito hábil em magias espaciais tão indiscretas. Se o motivo o fez usar essa magia, o motivo é grande.
- Vai me contar?
- Não.
- Quer que eu veja?
- Sim, mas não sou eu que vou te mostrar. Gabriel e Eliza estão no Caern nos esperando. Eles viram mais do que eu.
- Ok. Só vou pegar minhas penduricalhos e já volto.
Entrei no meu quarto e abri meu armário pronunciando as palavras certas. Peguei num pode um punhado dos meus pertences e fechei o armário, pronunciando uma reza simples e materializando uma proteção em sua volta.
Quando volto na cozinha Renato está com seu guarda-chuva pulando num pé só e recitando algumas palavras.
- Vamos? - Disse chegando na cozinha.
- Vamos.
Ele bateu com o guarda-chuva no chão. Faiscas sairam do guarda chuva enquanto uma nuvem de energia se formou orbitando em volta dele e quando ficou grande o suficiente para o tocar ele sumiu em um estrondo metálico.
Eu sabia executar essa magia de modo muito mais rápido, direto e sutil. Apenas concentrando minha energia e chutando forte para frente, pensando no lugar que eu queria ir e quebrando a realidade com meu pé e me arremessando para outro ponto no espaço.
Apareço no Caern, que não passa muito da casa que nós temos num bairro perto de lá. A casa é trancada com cinco encantamentos diferentes um de cada um dos feiticeiros do Caern.
Ao chegar na sala vejo Gabriel e Eliza sentados no sofá quietos.
- Oi gente. - falo num tom quase interrogativo.
- Fala velho. - Diz Gabriel levantando a mão.
- Oi amor. - Diz Eliza antes de me dar um beijo.
- O que houve?
Me sentei esperando o encantamento que fizemos a meses surtir efeito. Uma linha mental nos ligava e quando uma lembrança ou um pensamento precisava ser compartilhado todos recebíamos.
A imagem da rua escura surgia na minha cabeça. conhecia a sensação de estar no corpo de Gabriel, no começo era esquisito mas havia me acostumado, apenas seu jeito de andar ainda me intrigava.
Nós estávamos andando nessa rua do centro da cidade, o gosto de vodka ruim ainda estava em nossa boca. Era sexta feira e estávamos voltando da ultima festa. A garrafa de vodka em nossas mãos estava no fim e o gosto era bom, combinava com o sentimento de estar sozinho na rua e combinava com a frustração de uma noite não tão boa.
Gabriel sabia se teletransportar tão bem como eu e tinha uma habilidade com maquinas que o permitia pegar qualquer carro a qualquer hora, mas mesmo assim ele preferiu andar, combinava com o gosto da vodka.
Quando nós virávamos uma esquina vimos de longe um grupo de homens de aparência suspeita e sentimos uma ressonância fluída e quente passou por nós, eram magos. Voltamos e nos escondemos na quina do muro. Nunca havíamos tido informações de outros magos como nós, pelo menos não que já não conhecemos, não tão fortes como nós, mas aquela ressonância não enganava, eles eram tão se não mais forte do que nós.
Os homens estavam cercando um adolescente que chorava de medo. Nós não conseguíamos ver de tão longe quem era, usar qualquer magia para ver talvez revelasse a nossa posição. Só deu para escutar quando um deles gritou:
- SE NÃO TEM NADA DE ÚTIL NESSA CIDADE PORQUE UM MAGO ESTÁ NOS OBSERVANDO?
Essa frase gelou nosso coração. Não havia tempo para lutar. Ainda que eles fossem bons não conseguiriam nos seguir no reino das sombras, aqui Renato manda na cidade de baixo e esse era o único jeito de sair sem ser seguido.
Dois segundos e um encantamento depois e nosso corpo já estava sendo engolido pelas sombras que vinham do chão. A sensação gélida de entrar no reino das sobras tomou nosso corpo e a memoria acabou.
Todos voltamos a reparar que estávamos no Caern. O silencio tomou o cómodo. Foram necessários cinco minutos até algum dizer algo.
- Eu preciso beber. Alguém mais quer? - disse indo para a cozinha.
Todos concordaram.
Passamos uma hora refletindo, discutindo e falando merda até que a conclusão veio:
- Vamos nos armar e ir até eles.
- Perfeito!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Sussurros Acorrentados pt. 4

"Antes algumas palavras, esse sussurro estava me perturbando, estava na minha cabeça querendo sair a dias. Depois dele haverá uma pausa nos sussurros, quero escrever algo menos tenso. Bom ai vai o 4º sussurro que vai revelar um pouco da historia."
Não havia outro jeito. Não iria conseguir continuar a minha vida de nenhuma forma. Precisava encara-los, perguntar a eles a verdade, sobre o que eles são, sobre o por que eles me incomodam tanto.
Eu estava no meu quarto, havia levado todos os espelhos da casa para ele, olhava atentamente para o canto mais distante da porta, o canto aonde vi pela primeira vez. O quarto estava iluminado apenas com velas, o ambiente estava sinistro e eu acreditava que isso atrairia eles.
Olhava para os espelhos. Por que não conseguia vê-los quando eu queria? Podia sentir a presença deles mas não conseguia vê-los. A raiva tomou minha mentes. Precisava resolver isso de alguma forma, precisava de respostas.
Soquei um dos espelhos com toda a minha força, tomado pela raiva não pensei nas consequencias. O vidro se estilhaçou na minha mão. O sangue pingava e escorria pelo espelho trincado. No reflexo um par de olhos na escuridão olhavam fixamente para o meu sangue.
- Perdeu o medo da dor? - A voz horripilante cruzou meus ouvidos.
De todos que poderiam vir, por que ele? Minhas pernas tremiam, ele me aterrorizava, seu olhar, sua voz. Engoli seco, meu medo deveria ser esquecido para que eu tivesse as respostas, levantei minha cabeça e perguntei.
- Quem é você? O que você quer?
O garoto sorrio.
- Finalmente tomou coragem. Tem certeza que é a coisa certa a se fazer? Eu posso mata-lo sabia disso?
Uma voz surgiu atrás de mim antes que eu recuasse de medo
- Não, não pode.
A aparição que eu havia visto no banheiro surgiu no espelho atrás de mim. Vestia a mesma coisa que eu, assim como da ultima vez.
- Não se meta ou terei que mata-lo também! - disse "Ele" se aproximando e esbarrando em um empecilho, foi quando consegui ver de novo as grades e grilhões e tomei um pouco mais de coagem.
- Vocês estão presos, vocês devem ter feito algo para estar ai. Por que estão presos?
- Ele não sacou nada ainda? -disso "Ele" olhando com cara de desapontado para mim. - Deixe-me alcança-lo, eu resolveria sua ingenuidade em apenas um segundo. - falou passando as suas mão pelas barras de ferro.
- Deixe de boberira. Sabe que não deve, nem pode. Garoto, você está fazendo as perguntas erradas, enquanto não começar a fazer as certas continuaremos aqui. A seis anos que você não nos escuta. A seis anos estamos presos. Agora que estamos livres não deixaremos você em paz até que resolva nosso problema.
- Por que eu que devo resolver seu problema?
- Por que você é ele! - disse "Ele" fazendo movimentos bruscos como se quisesse me atacar.
Recuo de medo. Até sentir a mão da outra aparição no meu ombro.
- Não se preocupe, não deixarei que nada te aconteça, assim que nós fazemos. Nós protegemos quem presamos. - Falou sussurrando em meu ouvido.
Por um segundo o vento levantou minha cortina e deixou a luz do sol entrar e por um segundo me senti sozinho no quarto, assim que a cortina abaixou eles não estavam mais lá. Haviam deixado mais perguntas do que respostas.
O sangue que escorria da minha mão pingou no chão. Nesse momento senti como se alguém a segurasse, um vento bateu leve e forte, levantando a cortina. O sol que entrou brilhou mais forte na forma de uma mulher. O brilho branco que era emanado do vulto enquanto o sol batia em seu rosto me deixava tranquilo. A mulher vestindo apenas um vestido brando estava inclinada para a frente, com se fizesse um curativo na minha mão.
Ela olhou para mim. Meu coração bateu forte assim que ela olhou. Como da primeira vez que senti paixão por alguém. Aquele calor no coração me veio com tudo, aquela vontade de abraça-la até que nossos corpos se tornassem um só.
Minha mão estava curada quando a cortina se abaixou, assim como o espelho. O quarto perdeu aquela luz branca, mas meu peito ainda estava com aquela sensação boa.
- Quem é ela?

domingo, 25 de julho de 2010

O labirinto de plantas pt. 1

Corria em desespero. Maldito! Pensava em quanto corria. Curva após curva reparava que estava cada vez mais perdido. Odeio labirintos.
Eu precisava chegar logo. Não sei o que ele fará com ela. Não sei até aonde ele é capaz. Pensava isso enquanto tentava memorizar o caminho que eu estava percorrendo.
Droga! Outro beco sem saída! Eu estava perdido, dentro de um enorme labirinto de plantas. Esse tipo de labirinto é pequeno e feito em jardins. Por que esse não podia ser como todos os outros?
Pensava apenas nela. Como eu pude ser idiota de deixar ele se aproximar de mais dela. Ela está em perigo, está sofrendo e é tudo culpa minha. Não pude ser um bom protetor para ela, não pude salva-la e na hora que ela corre mais perigo eu fico preso nesse MALDITO LABIRINTO.
Corri o máximo que eu pude em linha reta. Quando alcancei o máximo de velocidade que meu corpo cansado conseguiu eu pulei em um mergulho, na tentativa de ultrapassar a parede de plantas. Assim chegaria no outro lado mais rápido.
Assim que os meus braços começaram a adentrar as plantas pude senti um dor forte como se eles estivessem sendo cortados. Num movimento rápido joguei meu corpo para o lado, impedindo que ele tivesse o mesmo destino que os meus braços.
Merda! Aquele ser havia pensado em tudo. Ele colocou plantas com espinhos nas paredes e exatamente da espécie que provoca alergia em minha pele. Me pergunto a quanto tempo ele planeja isso tudo. A quanto tempo ele espera o dia que eu ficaria preso aqui. Eu ingénuo não vi nada.
Continuei correndo aleatoriamente. A necessidade de salva-la rápido me fazia nunca optar pela estratégia dos labirintos. Se eu seguisse sempre uma parede eventualmente eu chegaria ao final do labirinto. Mas não havia tempo para isso! poderia levar dias em um labirinto como esse.
Corri até chegar em uma bifurcação. Duas gémeas estavam sentadas lá. Uma em cada caminho.
Assim que me aproximei elas falaram juntas:
- Qual o caminho que mais importa para você?
- O que a salve. - Respondi.
- O que for verdadeiramente mais importante para você irá salva-la, mas apenas esse. - Elas falaram enquanto se levantavam.
As duas ao estarem em pé apontaram para o seu caminho.
- Esse é o caminho do seu querer, esse caminho é seu egoísmo. - disse a menina da direita enquanto apontava.
- Esse caminho é o caminho do seu altroísmo, é o caminho do bem dos outros e não do seu. - disse a menina da esquerda enquanto apontava para o caminho.
Dei um passo em direção ao do altroísmo, assim que o fiz as duas falaram juntas:
- Você deseja salva-la. Por que?
- Porque eu a amo, e me preocupo com ela. - respondi com convicção.
- Mas se quer salva-la por que a ama isso significa que quer salva-la para te-la junta a ti. Não faz isso pela sensação que te traz estar com ela?
- Não! Quer dizer, sim. Mas também faço pelo bem dela.
As duas se olharam, olharam para mim e falaram.
- Abriria mão de tudo para ela ficar bem?
- SIM!
- E abriria mão de tudo para ficar com ela?
- SIM!
- Abriria mão do bem estar dela para ficar com ela? - Falou a menina da direita.
- Abriria mão de tudo o que tem e teve com ela para ela ficar bem? - Falou a menina da esquerda.
Parei um pouco em quanto pensava na resposta, quando elas falaram:
- Se não pode responder essas simples perguntas, não está pronto para escolher o caminho.
Abaixei minha cabeça olhando para a grama em meus pés.
- Porque essa trilha é tão difícil? - perguntei para mim mesmo. Como assim fiço dês do primeiro momento que comecei a trilha-la.

Sussurros Acorrentados pt. 3

Parado na rua, sentado num banco de esquina, eu esperava algo. Talvez estivesse esperando algo para me tirar de lá. Não, a verdade é que eu não queria ficar em algum lugar fechado. Não queria que acontecesse de novo.
Com todas essas aparições eu já tinha certeza que estava ficando maluco. A sensação que mesmo ao ar livre e longe da minha casa eles estavam lá. Quantos eram? O que queriam? Essas perguntas passavam pela minha cabeça segundo após segundo. Não sabia mais o que fazer.
Agora não consigo mais me concentrar em nada, qualquer coisa o meu pensamento divaga para o que aconteceu, não tenho tido tempo nem mesmo para me divertir. Logo após pensar isso uma mulher loira com um corpo lindo passou por mim, imediatamente fixei meu olhos nela. Seu corpo era sem duvida espetacular, despertaria desejo em qualquer homem que o visse. Enquanto admirava o seu andar escutei um sussurrar, como se alguém estivesse falando comigo sem eu nem mesmo perceber. Me concentrei para escutar só ele e descobri uma voz. Ela dizia num timbre áspero:
- Pegue-a. Você a quer então pegue-a. Vá até ela e agarre aqueles peitos. Vamos você quer, você pode.
-Não. - Falei em voz baixa.
- Você não tinha tempo para se concentrar em nada. Mas pelo visto nisso você tem tempo para pensar. Vai lá. Agarre-a, rasgue a sua roupa!
-Não! - Gritei. Mesmo estando na rua.
Todos que escutaram num susto olharam para mim. Eu me levantei e corri, enquanto ainda escutava sua voz em minha cabeça.
Nos reflexos das vitrines reparei que em vez de mostrar todo o ambiente mostrava apenas um menino, preso atráz de uma grade, afundado em escuridão.
Após vê-lo um frio subiu pela minha espinha, em seus olhos ele tinha a maldade de um demónio, em sua alma a angustia e o poder de sair daquelas grades, eu corri.
Só parei de correr quando entrei em uma igreja, e lá fiquei. Chorando e pedindo a Deus por uma solução.
Espero que tudo passe. E eu espero nunca mais ver essa nova aparição, nunca.



A CORREÇÃO SERÁ FEITA DEPOIS. ESPERO QUE TENHAM GOSTADO

domingo, 18 de julho de 2010

Sussurros Acorrentados pt. 2

A noite passou sem mais acontecimentos, mas ainda assim não consegui dormir. Passei a noite assistindo TV, tentando distrair minha mente.
Com o tempo fui esquecendo dos detalhes do que aconteceu. A impressão de que havia algo me observando ainda permanecia, mas eu começava a sentir que nada daquilo aconteceria comigo de novo. Essa sensação durou pouco, mais exatamente até o anoitecer.
Devia ser aproximadamente sete horas da noite, havia acabado de anoitecer e eu estava prestes a me arrumar para sair, a casa não estava vazia mas estava silenciosa. As únicas pessoas na casa estavam ocupados e longe.
Andei até o banheiro para entrar no banho. Assim que entrei no banheiro me deparei com meu reflexo no espelho. Ele estava com um olhar estranho, como se fosse outra pessoa. Seu olhar mudava mais a cada segundo e a sensação de estar sendo observado vinha cada vez mais forte. Um frio na espinha me bateu, como se eu soubesse o que estava por vir.
O reflexo olhou em meus olhos e sorriu. Com medo dei um passo para traz com a mão procurando a parede para me amparar.
Aos poucos sua aparência foi se tornando estranha como a de um homem, ou quase isso. Um jovem de porte respeitável, a roupa permanecia a mesma que eu estava usando mas sua feição havia mudado quase que por completo. Ele olhou para mim, levantou suas mãos que estavam algemadas juntas e falou:
- Ele nos contou que agora você pode nos escutar. - Eu escutei quieto enquanto ele continuava.
- É verdade, não é? Agora você pode nos ouvir. Temos tanto para te dizer.
- Quem são vocês? - Perguntei assim que o medo largou a minha garganta.
- Nós? Você não nos reconhece? Não reconhece nem mesmo as nossas vozes? - Ele abaixou a cabeça. - Ela disse que só de nos escutar você saberia.
- Ela quem?
Quando ele abriu a boca para responder escutei uma porrada forte na porta. O susto me tirou a atenção, foi quando escutei a voz de minha irmã gritando:
- Sai logo do banheiro, tem mais gente para usar!
Quando olhei para o espelho de novo não havia mais ninguém nele além de mim. Tomei um banho rápido e sai de casa. Precisava esvaziar a mente. Precisava descobrir o que estava acontecendo.
Precisava saber como fazer isso parar.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Um novo dia!

Hoje é um novo dia, só seria melhor se estivesse sol.
Hoje será o dia da minha primeira briga, eu to com um sentimento extranhissimo de ansiedade e medo. Hoje pode ser que eu descubra que luto muito mal ou muito bem, hoje eu posso apanhar ou hoje eu posso vencer. AAAA! A verdade é que eu to cagado de medo! Nunca nem lutei ou briguei na vida. Eu posso quebrar um nariz ou uma perna, sei la! (Respira....) Ta, se der tudo certo o máximo que vai acontecer é alguns machucados e uma luta perdida pelos pontos, MAIS AINDA SIM! É A MINHA PRIMEIRA LUTA!!! Eu to assustado que nem uma menininha. Espero que eu ganhe.
Hoje também é o aniversario de uma velha amiga ( Parabéns Tata!) AHAAA geral acho que eu tava falando da Aiguma! Sim hoje é a comemoração dela, o aniversário é só depois da meia noite. Mas é um dos motivos para hoje ser um bom dia, hoje é o aniversário de uma velha amiga que eu sempre me dei bem. Acabei de apagar uma parte que tava legal desse post porque ia ser explanar umas paradas. Morram de curiosidade e já digo logo não é nada disso que vocês tão pensando xDD.
Bom hoje tem briga, tem aniversário e se tudo der certo tem mais! Bom hoje eu espero tirar esse sensação do peito de que eu podia estar fazendo muito e na verdade estou fazendo muito pouco.
Acho que hoje o post é só isso, saio daqui pensando em beber e brigar. E no bom dia que hoje pode se tornar.
Hoje é só isso que eu posto, amanha eu vou postar a continuação de Shark e Strike. E breve a segundo sussurro.
Um bom dia para vocês e para mim.


OLHA A MERCHAN!:
Lasevitch com um post de bom humor que não me fez rir mas me deu ideia de escrever algo menos sombrio!
Amanda com um post sobre amizades e sobre coisas que vocês terão ler para descobrir!
Nanda com um texto antes de um desenho sensacional recentemente colorido!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Pensamentos no vazio

Ta bom, a pedido do lasevitch eu vou postar algo novo hoje. Como eu estou sem historia hoje eu postarei um daqueles pensamentos sem sentidos que mencionei no post de introdução e ai vai:
No meio de um sentimento misto de tristeza e felicidade eu me lembrei que é bom ter amigos e que é ruim se sentir esmagado por eles. Que é bom encontrar novas amizades e que com elas vem as inseguranças de lidar com alguém que você não aprendeu ainda. Que com o namoro vem responsabilidades e também vem a felicidade de voltar para casa e saber que seu companheira gostou do dia.
Esse é o primeiro dia que eu escrevo simplesmente o que está em minha cabeça e não quero me aprofundar muito. Devo dizer apenas que eu gostaria que algumas coisas melhorasse, que algumas ambições se cumprissem e que algumas amizades se tornassem só diversão. E também devo dizer que quero que muito se mantenha, que minhas novas velhas amizades vinguem, que minhas velhas amizades durem, que meu namoro e meu amor por ela nunca mude ( e assim seu amor por mim).
Sei que esse post parece uma prece, mas ele é o começo de um tipo de posts que eu espero aprender a dominar e que darão a meus leitores eu entretenimento menos obscuro.
A meus leitores uma boa noite e amanha ao amanhecer lhes posto algo engraçado para dar uma variada.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Texto de Introdução

Sei que não deveria postar o texto de introdução depois de já ter postado. Mas achei que faltava algo esclarecendo o objectivo do blog e os segredos por trás do título.
Bom começando do começo, há algum tempo comecei a escrever meus pensamentos doentios num caderno. Cada vez que escrevia reparava que o caderno começava a fazer menos sentido. Foi quando tive a ideia de escrever tudo em formas de historias com um sentido escondido entre as linhas, assim meus pensamentos podiam ser expostos de forma clara, que talvez alguém além de mim pudesse entender.
Como alguns de vocês sabem, eu tenho uma mania de querer que todos saibam o que eu penso, o que perturba até mesmo a mim, esse é o motivo do meu blog.
Logo que soube da existência de blogs ( a 1 mês ) tive vontade de fazer o meu, mas foi só há 4 dias que tomei coragem de fazê-lo. Foi perfeito, eu poderia escrever meus pensamentos ou só escrever meus textos e publica-los, assim todos me entenderiam mais um pouco e poderiam me dizer o que eles acham do meus textos.
Resumo o objectivo do blog é que vocês possam ler e saber o que passa na minha mente doentia e ler alguns textos que eu acho que merecem ser lidos tendo eles um sentido escondido ou não.
O nome do blog é esse porque o primeiro objectivo dele era apenas ficar cheio dos meus pensamentos, que seriam apenas sussurros, pensamentos expostos aleatoriamente, que estavam presos na minha mente (dai Sussurros Acorrentados).
Porem lembrei-me dos problemas que tive no passado com escrever meus pensamentos e talz e reparei que apenas isso seria confuso além de desinteressante e um pouco emo. Então decidi transforma-los em uma serie de historias que terão um sentido maior do que serem apenas desabafos, elas podem entreter vocês.
A! Também me inspirei no titulo para fazer uma delas, com um clima mais de terror.
Por fim esse é o meu blog.
Obrigado pela visita, espero que vocês gostem e se identifiquem com esse blog, pois estou botando parte de mim nele. E se tiverem alguma critica é só dizer.

Do seu humilde escritor,
LucasL.A.

Abaixo a propaganda dos nossos patrocinadores ( meus blogs preferidos )
http://trololando.blogspot.com
http://orealismopelaficcao.blogspot.com
http://marystrips.blogspot.com

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Sussurros Acorrentados pt.1

Escrevo minhas palavras nesse papel, pois tenho a certeza de que ninguém vai encontra-lo. Sinto que devo fazê-lo para que não aconteça de novo o que aconteceu na noite de ontem.
Noite passada eu não dormi, não por ausência de sono, mas porque algo não queria que eu o fizesse.
Minha mente devaneava na cama como sempre faz.
Com os pensamentos a mil, o sono lentamente se esgueirava pelo meu quarto escuro e se aproximava de minhas pálpebras.
Um pouco antes que eu pudesse pegar no sono escutei um pequeno suspiro, como um suspiro de alivio, não sei ao certo se escutei, pois foi como se ele não tivesse passado pelas minhas orelhas, como se eu tivesse pensado. Não! Como se alguém tivesse falado na minha mente.
Abri os olhos rapidamente, enquanto uma adrenalina gélida passou por todo o meu corpo. Permaneci imóvel na cama enquanto esperava que algo acontecesse que confirmasse que era tudo da minha imaginação. Uma sensação estranha, como se eu estivesse sendo observado me envolveu. Senti que alguém estava a me observar, essa sensação vinha do canto do meu quarto mais longe da porta.
Ainda estava imóvel, dessa vez olhando fixamente para o canto aonde percebi essa presença quando eu ouvi mais uma vez, dessa vez não era mais um simples suspiro, consegui distinguir de fato palavras, faladas com muito esforço em uma voz rouca e dolorida.
- Consegue me ouvir? - Escutei claramente, e durante alguns segundos congelei num pavor extremo.
- Pela reacção acho que você finalmente consegue me ouvir. - Escutei ainda travado pelo medo.
Do canto escuro que eu fixava os olhos consegui distinguir um vulto que pouco a pouco tomava uma forma. Um garoto com roupas antigas e sujas, cabelos negros e bagunçados estava ajoelhado olhando para baixo, preso ás sombras por grilhões e correntes. Ele voltou seu rosto para mim, olhou no fundo dos meus olhos e sem que ele mexesse a boca pude escuta-lo falar:
- A quanto tempo nós não conversamos.
Em desespero sai do meu quarto em disparada para a sala, que eu havia deixado com as luzes acesas.
E esse foi o fim do primeiro sussurro.