domingo, 18 de julho de 2010

Sussurros Acorrentados pt. 2

A noite passou sem mais acontecimentos, mas ainda assim não consegui dormir. Passei a noite assistindo TV, tentando distrair minha mente.
Com o tempo fui esquecendo dos detalhes do que aconteceu. A impressão de que havia algo me observando ainda permanecia, mas eu começava a sentir que nada daquilo aconteceria comigo de novo. Essa sensação durou pouco, mais exatamente até o anoitecer.
Devia ser aproximadamente sete horas da noite, havia acabado de anoitecer e eu estava prestes a me arrumar para sair, a casa não estava vazia mas estava silenciosa. As únicas pessoas na casa estavam ocupados e longe.
Andei até o banheiro para entrar no banho. Assim que entrei no banheiro me deparei com meu reflexo no espelho. Ele estava com um olhar estranho, como se fosse outra pessoa. Seu olhar mudava mais a cada segundo e a sensação de estar sendo observado vinha cada vez mais forte. Um frio na espinha me bateu, como se eu soubesse o que estava por vir.
O reflexo olhou em meus olhos e sorriu. Com medo dei um passo para traz com a mão procurando a parede para me amparar.
Aos poucos sua aparência foi se tornando estranha como a de um homem, ou quase isso. Um jovem de porte respeitável, a roupa permanecia a mesma que eu estava usando mas sua feição havia mudado quase que por completo. Ele olhou para mim, levantou suas mãos que estavam algemadas juntas e falou:
- Ele nos contou que agora você pode nos escutar. - Eu escutei quieto enquanto ele continuava.
- É verdade, não é? Agora você pode nos ouvir. Temos tanto para te dizer.
- Quem são vocês? - Perguntei assim que o medo largou a minha garganta.
- Nós? Você não nos reconhece? Não reconhece nem mesmo as nossas vozes? - Ele abaixou a cabeça. - Ela disse que só de nos escutar você saberia.
- Ela quem?
Quando ele abriu a boca para responder escutei uma porrada forte na porta. O susto me tirou a atenção, foi quando escutei a voz de minha irmã gritando:
- Sai logo do banheiro, tem mais gente para usar!
Quando olhei para o espelho de novo não havia mais ninguém nele além de mim. Tomei um banho rápido e sai de casa. Precisava esvaziar a mente. Precisava descobrir o que estava acontecendo.
Precisava saber como fazer isso parar.

4 comentários:

  1. Ai nanda desligada, ela provavelmente deve ser o espirito do primeiro conto.
    Continua assim vagabundo ta legal pa caralho

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  2. palpite errado, a pessoa do primeiro cpnto era um menino.

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