segunda-feira, 12 de julho de 2010

Introdução: Strike

Todo o dia para mim amanhece vermelho, acordo olho para o céu da pequena janela ao lado direito da cama, e não me sinto quente nem bem em saber que o dia esta bonito. Acendo um cigarro, ainda deitado na cama, olho em volta para a zona que é o meu quarto, e normalmente acontece o que aconteceu hoje.
Ainda não me levantei e já percebi que há alguém no meu quarto. Com esse cheiro forte de crack não é ninguém confiável. O maior dos meus pensamentos nesse segundo é um arrependimento por não ter consertado a porta de casa, o que certamente possibilitou a entrada de mais dos capangas do Ford.
-A ultima vez que um de vocês passou aqui não lhes ensinou nada? - Pergunto sem me levantar pôs sei que se eu me levantar ele ira partir para cima de mim.
Sem resposta.
Sento-me sem movimentos bruscos, tentando conter meu ódio e minha ansiedade. O homem, que se torna mais visível agora que o sol saiu do meu rosto, veste apenas trapos, carrega com ele um taco de beisebol. Está mascando um chiclete florescente, o que todos os capangas fazem para se manter alerta, quando você se concentra seus efeitos ficam sólidos te deixam com os sentidos apurados, com mais força e completamente anestesiado. Seu olhar vidrado e fixo não deixa duvida, ele é encrenca na certa.
E mais uma vez o dia amanhece vermelho.(...)

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