segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Mais uma historia sobre magia pt.1

" A todos, esse é o texto que deveria entrar e substituir o sussurros por um tempo, mas como umas pessoas me convenceram a continuar com o sussurros o texto que vai dar uma parada vai ser escolha de vocês, no fim desse post comentem qual texto vocês preferem que pare: esse, o sussurros ou o labirinto de plantas. Espero que gostem e ai vai!"

Estava nas ruas correndo a uma velocidade sobre humana, estavam me perseguindo por um motivo que nem me lembro. Corri em direção a um prédio, saltei a sua fachada e aterrisei em sua paredece voltei a correr, dessa vez em direção ao alto do prédio. Eu ia conseguir fugir, esse otários nunca iam conseguir fazer isso.
Ao chegar no topo corri e saltei para outro prédio. Num susto enquanto ainda estava no ar esbarro em alguém, perco o controle e caiu no chão que está quinze andares a baixo. Quando vejo o chão se aproximando sinto um frio crescente na barriga e assim que o chão está prestes a me tocar eu acordo.
Droga, odeio oneromancia. Levanto e ando até a cozinha, ponho um como de café, pingo um pouco de whisky nele e me sento. Depois de uma três goladas pego o meu celular e ligo para Renato.
- Porra, já falei para não entrar nos meus sonhos a não ser que seja uma emergência.
- Haha, você só sonha bobagens, além do mais você não atendia o celular. - Disse ele com um tom de sarcasmo que apenas ele tem.
- O que você quer?
- Precisamos conversar, talvez seja serio.
- Ok, aparece aqui.
Desligo o celular e vou botar uma roupa. Renato não é o tipo de pessoa que sai da cama as altas da madrugada, deve ser serio mesmo o assunto. Assim que acabo de me vestir começo a escutar um ruído esganiçado correndo pelas paredes da minha casa, indo em direção ao banheiro dos fundos, um ruído meio eletrico. As luzes da meu apartamento se enfraqueciam e piscavam em quanto eu andava em direção ao banheiro. Havia uma sombra se concentrando no interior do banheiro, aonde também se concentravam os ruídos. Fazendo uma analise parecia que toda a energia do ambiente estava sendo voltada para aquele ponto, até alcançar o ponto que a realidade dobraria ali.
TIN! Um ruído metálico alto foi lançado para fora do banheiro enquanto uma ressonância gélida tomava conta da área dos fundos. Um jovem pequeno de aparência única saiu do banheiro limpando algumas particular que ficaram em seu blazer de brecho.
- MEU GAROTO! - Falou em voz alta levantando os braços calorosamente para um abraço.
- Renato! - Respondi o abraçando.
- Sim eu aceito whisky. - Disse ele sentando na mesa e pegando um copo.
- Eu não ia te oferecer. - Disse me sentando também.
- Eu sei. - Falou com um sorriso que eu só poderia definir como o de um coiote debochando de alguém perdido no deserto. E sim, era especifico a esse ponto. Ele colocou whisky no copo e pingou um pouco de café.
- Tinha necessidade de usar teletransporte?
Sua feição mudou, ele ficou serio e balançou a cabeça fazendo que "sim".
O Renato odeio teletransporte e não é muito hábil em magias espaciais tão indiscretas. Se o motivo o fez usar essa magia, o motivo é grande.
- Vai me contar?
- Não.
- Quer que eu veja?
- Sim, mas não sou eu que vou te mostrar. Gabriel e Eliza estão no Caern nos esperando. Eles viram mais do que eu.
- Ok. Só vou pegar minhas penduricalhos e já volto.
Entrei no meu quarto e abri meu armário pronunciando as palavras certas. Peguei num pode um punhado dos meus pertences e fechei o armário, pronunciando uma reza simples e materializando uma proteção em sua volta.
Quando volto na cozinha Renato está com seu guarda-chuva pulando num pé só e recitando algumas palavras.
- Vamos? - Disse chegando na cozinha.
- Vamos.
Ele bateu com o guarda-chuva no chão. Faiscas sairam do guarda chuva enquanto uma nuvem de energia se formou orbitando em volta dele e quando ficou grande o suficiente para o tocar ele sumiu em um estrondo metálico.
Eu sabia executar essa magia de modo muito mais rápido, direto e sutil. Apenas concentrando minha energia e chutando forte para frente, pensando no lugar que eu queria ir e quebrando a realidade com meu pé e me arremessando para outro ponto no espaço.
Apareço no Caern, que não passa muito da casa que nós temos num bairro perto de lá. A casa é trancada com cinco encantamentos diferentes um de cada um dos feiticeiros do Caern.
Ao chegar na sala vejo Gabriel e Eliza sentados no sofá quietos.
- Oi gente. - falo num tom quase interrogativo.
- Fala velho. - Diz Gabriel levantando a mão.
- Oi amor. - Diz Eliza antes de me dar um beijo.
- O que houve?
Me sentei esperando o encantamento que fizemos a meses surtir efeito. Uma linha mental nos ligava e quando uma lembrança ou um pensamento precisava ser compartilhado todos recebíamos.
A imagem da rua escura surgia na minha cabeça. conhecia a sensação de estar no corpo de Gabriel, no começo era esquisito mas havia me acostumado, apenas seu jeito de andar ainda me intrigava.
Nós estávamos andando nessa rua do centro da cidade, o gosto de vodka ruim ainda estava em nossa boca. Era sexta feira e estávamos voltando da ultima festa. A garrafa de vodka em nossas mãos estava no fim e o gosto era bom, combinava com o sentimento de estar sozinho na rua e combinava com a frustração de uma noite não tão boa.
Gabriel sabia se teletransportar tão bem como eu e tinha uma habilidade com maquinas que o permitia pegar qualquer carro a qualquer hora, mas mesmo assim ele preferiu andar, combinava com o gosto da vodka.
Quando nós virávamos uma esquina vimos de longe um grupo de homens de aparência suspeita e sentimos uma ressonância fluída e quente passou por nós, eram magos. Voltamos e nos escondemos na quina do muro. Nunca havíamos tido informações de outros magos como nós, pelo menos não que já não conhecemos, não tão fortes como nós, mas aquela ressonância não enganava, eles eram tão se não mais forte do que nós.
Os homens estavam cercando um adolescente que chorava de medo. Nós não conseguíamos ver de tão longe quem era, usar qualquer magia para ver talvez revelasse a nossa posição. Só deu para escutar quando um deles gritou:
- SE NÃO TEM NADA DE ÚTIL NESSA CIDADE PORQUE UM MAGO ESTÁ NOS OBSERVANDO?
Essa frase gelou nosso coração. Não havia tempo para lutar. Ainda que eles fossem bons não conseguiriam nos seguir no reino das sombras, aqui Renato manda na cidade de baixo e esse era o único jeito de sair sem ser seguido.
Dois segundos e um encantamento depois e nosso corpo já estava sendo engolido pelas sombras que vinham do chão. A sensação gélida de entrar no reino das sobras tomou nosso corpo e a memoria acabou.
Todos voltamos a reparar que estávamos no Caern. O silencio tomou o cómodo. Foram necessários cinco minutos até algum dizer algo.
- Eu preciso beber. Alguém mais quer? - disse indo para a cozinha.
Todos concordaram.
Passamos uma hora refletindo, discutindo e falando merda até que a conclusão veio:
- Vamos nos armar e ir até eles.
- Perfeito!

3 comentários:

  1. Sorriso de coiote debochando de alguem perdido no deserto? Gostei muito disso, estou lisonjeado
    Não li o labirinto de plantas ainda, mas gosto do sussuros e essa parece promissora...então...

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  2. eu gosto mais de labirinto em 1o e sussurros em segundo, quase empatados! Por mim, voce pausa esse =D.

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  3. Gostei muito desse e o Sussurros é muito bom então por mim vc pode pausar o labirinto

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